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terça-feira, 12 de maio de 2020

Fazer a vida bonita com pouco

Aniversário de casamento chegou em meio a Pandemia e crise financeira.  Eu queria surpreender, mas pensei que na quarentena seria difícil.

Mas a distração do meu marido enfim me serviu de algo! rsrsrs

Eu peguei o presente dele e as encomendas pra decoração sem que ele visse. Ele sabia que tinha encomendado bolo... aí o vizinho contou dos salgados porque foi tirar dúvida com ele e eu não avisei que era segredo.

Mas no dia pelo menos consegui fazer uma decoração simples como a gente, encomendei fotos tipo polaroid, comprei velas de LED, o bolo ganhamos. Preparei uma playlist. O presente foi o que cabia no bolso... baratinho... mas um criativo e um pra suprir necessidade.

Ele amou... Foi muito gostoso...
Não precisamos de muito, se tiver carinho e amor... tudo é lindo.



Que a gente saiba fazer muito do pouco!

E que tenha muito amor por aí... assim como tem muito amor por aqui.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Simplifiquei... e agora? Partir pra ação.

Tive uns dias em casa, mas segunda já volto ao trabalho. E mais uma vez tentar adquirir uma boa rotina.

Eu reduzi e simplifiquei ainda mais. Como?

* Voltei a cor natural do meu cabelo(castanho escuro).  Eu estava loira desde dezembro, antes disso havia ficado um ano com meu cabelo natural, acho até que falei aqui sobre isso. Eu não tinha trabalho e nem gastos com meu cabelo natural, era simples, e ele estava muito bonito. Mas eu pinto o cabelo desde os 16 anos... mudo constantemente... eu gosto disso, mas é trabalhoso demais e neste momento eu tô com outros projetos.

* Fiz mais um destralhe. Já não havia muito o que ir. Mas eu joguei fora mais algumas coisas... e doei outras, aquelas roupas que ficaram para eu tentar usar do último destralhe.  Dei adeus, e elas foram ser úteis.  Doei Maxi colares que eu comprei pra ajudar uma amiga, mas eu nunca usei. Uma bolsa, porque a que eu tinha não comportava o que eu precisava levar pro trabalho e eu comprei outra. Tirei mais alguns papéis desnecessários.  Eu tenho material que eu não gostaria de precisar aqui, mas eu trabalho com educação e artigos de papelaria e artesanato são utilizados.

*  Fiz um armário cápsula. Como eu tenho poucas roupas e saio muito só precisei guardar separado algumas peças de roupa e alguns acessórios para daqui a uns 6 meses rever.. é... eu não vou fazer isso daqui a 3 meses não, eu faço do jeito que eu quiser, e também são 50 peças, e não 33, porque eu saio muito pra trabalhar e  também para reuniões religiosas. Peguei as que eu uso sem parar e guardei, assim posso usar mais as outras peças e aprender a combiná-las melhor.

E agora?

Meu grande problema sempre foi esse. Eu simplifiquei minha vida, não gasto demais, nem saio demais, nem possuo muitas coisas a muito tempo. Eu também não trabalho demais. Não tenho o dia todo, mas me sobra mais tempo.  E aí? Quase sempre eu acabo usando mal esse tempo... que eu simplifiquei justamente para tê-lo e fazer coisas boas.
Eu procrastino lendo sobre procrastinação. Não é ridículo?
Pois bem... agora mesmo eu escrevi parte do meu TCC.  Pela manhã acordei com muita dor e não fui caminhar, então eu pulei corda um pouco mais tarde. Agora vim aqui escrever um pouquinho.
Nestes dias em casa eu vi amigos, matei saudades. Foi ótimo. Não viajei, mas vi meus amigos... foi muito melhor.
Joguei boliche pela primeira vez.
Mudei coisas na casa também.
Cozinhei com amor.

Então eu quero seguir nessa linha.  Usar o tempo que sobra para evolução espiritual, emocional, intelectual e física, hobbies ativos e criar.
Ah... e sair de casa.  E receber em casa.

Pra mim a vida com mais significado é isso.
Às vezes queremos fazer tantas coisas que não fazemos nada. Então escolha uma coisa por vez, e não pense nas demais. Depois escolha mais outra coisa. E de pouco em pouco você realizará muitas coisas.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Vida simples e frugal quando se é pobre

Eu nunca fui consumista. Não tive que largar centenas de coisas para me tornar minimalista.
Nunca fui rica, nunca tive dinheiro sobrando.  Sempre economizei. Então a frugalidade sempre existiu na minha vida também.
Mas ser frugal é o mesmo que ser pobre? (Fique claro que quando digo pobre me refiro a possuir as necessidades básicas, não estou falando que quem está privado do básico, aí a situação é muito mais complicada.)
Quando você ganha pouco e escolhe ser frugal o que muda é sua atitude perante a vida. Como?

1- Você percebe que pouco é necessário para a vida, e percebe que você tem sim o necessário. Não precisa do melhor celular, milhares de roupas e sapatos, coisas caras, casa grande, carro do ano importado... talvez você nem mesmo precise de carro.

2- Você para de correr loucamente em busca de mais dinheiro, mais trabalho.  Assim valoriza seu tempo com sua família, amigos, em atividades engrandecedores, em experiências.

3- Você valoriza e cuida bem daquilo que possui.  Você começa a ter consciência de tudo que tem e usa tudo. Cuida bem para que essas coisas durem.  Evita o desperdício e usa sabiamente o dinheiro.

4-  Você não faz dívidas desnecessárias, muito menos com o objetivo de impressionar outros.

5-  Você aprende a fazer algumas coisas básicas e a cuidar de si.  Economiza tempo e dinheiro dessa forma.

6- Vê que a felicidade está em coisas simples.  A felicidade é o caminho, não o destino. Você aprecia os detalhes gostosos do dia.

7- Passa a entender que há ambições que não envolvem diretamente dinheiro.  Pensa em seu desenvolvimento pessoal, investe tempo em melhorar suas habilidades, ganhas novas, melhorar sua saúde, intelecto e espiritualidade.  Talvez ao adquirir novas habilidades você até consiga melhorar seu salário ou seu emprego.

8- Caso você tenha um certo dinheiro sobrando, você aprende a não jogar fora por nada.  Investe na futura liberdade financeira, ou em experiências mais dispendiosas ou ajuda outras pessoas.

Cada um escolhe a vida que quiser ter. Mas certamente optar por uma vida simples, focando em coisas que o dinheiro não compra te dará felicidade. Se você tem pouco te fará sentir satisfação.  Se você tem muito ainda assim poderá fazer com que você descubra um objetivo maior na vida.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Pequenos hábitos que causam grandes transformações


  • Desligar a TV
  • Desativar as notificações(TODAS)
  • Desconectar o wifi (cada dia um pouco mais)
  • Comer a mesa
  • Destralhar o que não te serve mais


Fiz mais uma mudança em relação a minha saúde. Uma pequena mudança que fez muita diferença. Retirei da minha vida uma coisa que me fazia mal sem eu saber.  Não sei se devo falar aqui, pois cada caso é um caso. Então só digo uma coisa, conheçam seus corpos. Prestem atenção nas mudanças dele, nos medicamentos que alteram seu funcionamento, no alimento que causa algum tipo de reação. Só prestem atenção.  No meu caso eu constatei por conta própria que os médicos estavam errados ou queriam me manter naquela situação.  Eu limpei meu organismo nos últimos meses e percebi que havia uma coisa agravando meu estado físico e me parece que até o emocional.

Esse mês de abril foi bem intenso pra mim. Foi um mês de avaliação e ação.
Eu minimalizei ainda mais minha vida. E sinto que quero reduzir ainda mais. Eu fiz uma bela faxina na casa, aquelas partes esquecidas, coisas que guardava em cima do guarda roupa, coisas escondidas nos armários.  Foram embora muitos DVDs que não uso e nem tem história nenhuma pra contar, foram-se sapatos, roupas e eletrônicos que estavam guardados sem uso a anos... e eu nem lembrava que existiam. Eu que já reduzi tanto e tenho uma casa pequena não sabia que ainda poderia haver um saco grande de lixo a ser retirado daqui. Foi uma grande surpresa.(Pena que não tive paciência de fotografar)  Acho que agora sim eu avaliei cada coisinha da casa.  Ainda tem coisas sob avaliação, se não usar esse mês vou doar.

Consertei algumas coisas. Troquei as cordas do violão e finalmente ontem toquei um pouco.  Eu quero que isso faça parte da minha vida. Também colei uma sandália e voltei a usar normalmente. E essa semana ainda quero costurar as roupas que deixei de usar apenas por pequenos ajustes que eu mesma sei fazer.

Refleti sobre o que eu tenho feito com meu tempo, com a minha vida. Pensei nas coisas mais importantes e nas coisas que me levam a inércia, no meu propósito de vida, nos talentos e meus desejos e naquilo que quero evoluir, mas perco tempo com séries, filmes e distrações e não faço minha vida valer.

É assustador ficar em silêncio e ouvir a si mesmo.  Quando eu fico em silêncio sem distrações lembranças ruins me surgem, uma saudade e um arrependimento... eu fico revivendo minha maior dor.  Mas eu sei que se eu não aprender a me ouvir, a me construir, eu não chegarei a lugar nenhum.  Eu consegui me distrair menos esse mês. Vivi um pouquinho mais. Foi bom.
Às vezes tenho a sensação que não estou vivendo. Como se eu estivesse alheia a mim. Fora da minha própria vida a assistindo passar. Vivo momentos bons, mas depois que passa e eu penso é como se eu não tivesse vivido aquilo.  Pergunto-me se me falta atenção plena ao momento. Se a culpa é da minha mente sempre tão agitada no que se foi, em como estou, no que disse ou fiz de errado, no que eu queria ser... e aí...o momento passa e eu não o vivi como poderia.  Talvez seja isso.
O piloto automático não vai mais me levar. Eu não repetirei vez após vez as mesmas agressões a mim mesma.  Parar de me distrair tanto e focar mais na vida e no momento presente(no aqui com quem amo, com meus filhos de 4 patas, nos cheiros, sons, toques e sensações).

Acho lindo quando alguém consegue mudar drasticamente sua vida e eu sempre quis isso pra mim. Mas não é assim comigo... então... vamos lá com meus passinhos pequenos porque eles também me tiram do lugar.

domingo, 16 de setembro de 2018

Deixe ir... o que você não precisa

Essa semana deixei muitas coisas irem embora... achar novos lares.  São coisas que terão uma existência feliz, porque serão parte de algo e da vida de alguém. E isso me deixa feliz também.
Muito foi pro lixo, e eu esqueci de ir fotografando, mas posso garantir, que havia mais lixo do que coisas a ser doadas e repassadas.
Fiz meu marido se livrar de várias peças de madeira de um antigo trabalho, estavam a mais de um ano paradas aqui, não teriam mais utilidade pra nós. Acabou que foi útil para alguns vizinhos.
Foram para o lixo muuuitos papéis, cadernos velhos, potes quebrados, tampas sem potes e um demaquilante fora da validade. A roupa rasgada vai aquecer meus bichinhos.

Os livros estavam numa caixa e eu nem sabia mais o que estava ali, só sabia que estava fechada a anos, e se eu não usei antes, não usarei agora. Ganharam novos donos.
Bíquinis: eu defini que 2 me bastam, e acabei ficando com 3 porque gostava deles.
Vestidos eu defini que 10 me bastam para atividades espirituais, e uns 4 exclusivamente quando quiser passear ou trabalhar com uma roupa leve. Fiquei com uns 2 a mais e dei o resto. Defini 10 saias também. Essas ficaram exatamente esse número. Isso porque eu participo de atividades em que uso essas roupas pelo menos umas 4 vezes por semana, e pretendo fazer mais disso que significa mais pra mim e me faz feliz.
Roupas, livros, duas frigideiras, vestidos, uma roupa de cama, dois colares, duas tiaras... perguntei quem queria entre conhecidos, quem precisava, e o que sobrou deixei exposto na minha calçada. Eu ia bota uma plaquinha de "Leve o que quiser"... mas não foi necessário, em poucos minutos levaram.
Estou mais leve. E estou feliz porque alguém vai poder usufruir daquilo que eu comprei e não usei, ou que eu não preciso mais.

Separei umas roupas que gosto que precisam de ajustes. Eu mesma faço os ajustes simples como pregar botão, apertar, fazer bainha e reforçar a costura. Ainda não sei pregar zíper... vou aprender.
Não fotografei tudo... mas aí algumas mudanças...

Artesanato que foi doado a amiga costureira:

        


Caixa de artesanato(Antes e Depois)

      


Doação:

        


Bônus:
Um cantinho da casa que mudou um pouquinho de modo bem simples

Tirei a foto antes de mexer, bagunçado mesmo:

  

Tirei a parte superior dessa mesa que era de um antigo computador, e comprei suportes para os instrumentos.

  

Esqueci de tirar foto da estante, mas os livros foram todos organizados lá. Tá arrumadinho agora.


Há quem busque ter mais, porque tem pouco. E parece que o minimalismo só é aceitável quando você tem tudo e de repente abre mão de tudo que tem. 
Eu acumulava, mesmo não tendo tanto em sentido material. Livros, roupas e lixo.  Roupas da promoção. Coisas para "e se um dia".  Agora depois de alguns anos simplificando percebo que a cada dia sinto que preciso de menos.  Não sei qual será o limite... até onde isso vai me levar. Sei que a cada destralhe eu fico muito, muito, muito mais leve e mais feliz.

Vamos ser mais leves?

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Autoconhecimento - influência dos outros - redes sociais.

Se tem uma coisa que essa jornada no minimalismo, na simplicidade, no desenvolvimento pessoal me fez pensar é em quem eu sou.  Acho que por toda a minha vida eu não sabia exatamente quem eu era. Sempre fui muito influenciada pelos outros, como todos. Somos influenciados sem sequer parar pra pensar.
Na minha adolescência tive um relacionamento quase que exclusivamente virtual, tóxico, manipulativo.  Não creio que a pessoa tivesse a intenção de me manipular, mas com seus 19 anos ele era firme em suas ideias da vida, que hoje vejo não eram nada boas, e eu com 16 confusa, sem saber ao certo o que queria da vida, quem eu era ou queria ser... fui me deixando levar e aceitando aderir aquele ideal que ele construiu pra mim... estranhamente eu era mesmo um projeto pra ele, e ele admitiu isso.  Ele pensou que eu poderia ser moldada.  Eu nem tinha mais uma voz. Foi a pior experiência da minha vida. Ainda assim, quando me livrei disso, eu ainda estava perdida. Algum tempo depois encontrei a Língua de Sinais, e encontrei parte de mim ao descobrir o mundo novo na comunidade surda.  Ainda assim... eu não sabia quem eu queria ser. Eu não conseguia separar o que eu era por mim, e o que eu era por influência alheia.
Será que eu queria mesmo ter mais e mais roupas?
Será que eu achava imprescindível sempre ter as unhas feitas?
Será que a dor que o salto me causava era inevitável?
Será que eu gostava de conversar sobre coisas a comprar?
Por que eu sempre me sentia idiota?
Por que a timidez era algo tão forte?
Por que eu vivia me culpando por ter falado "coisas estúpidas"?
Por que eu continuava indo a festas e lugares onde eu não queria estar?

Eu tentava agradar todo mundo, esse é o fato.  Eu não queria que ninguém saísse magoado.  Aí eu sempre me mantive neutra, aceitando tudo, sem opinião. "O que você decidir tá bom pra mim" ou "Tanto faz".   Ahh... as pessoas gostam tanto quando você é uma pessoa "tanto faz". Você fica muito vulnerável quando não diz ou mostra exatamente quem você é, seus limites e seus gostos.

Conheço uma pessoa que tem orgulho de se adaptar a qualquer círculo.  Ela sabe se adaptar, falar do assunto que estiverem falando, se encaixar em qualquer lugar.  E eu me sentia sempre estranha por não conseguir fazer isso. Eu não me sinto bem em grupos muito diferentes de mim.  Mas acho que descobri o porquê.

Não há problema algum em estar num grupo diferente de mim. A questão é que eu não preciso me adaptar. Eu só preciso ser quem eu sou. Antes disso preciso saber quem eu sou.  Depois assumir com coragem quem eu sou. E pronto! Vou me sentir bem em qualquer lugar porque estarei respeitando meus ideais.

E eu tenho praticado isso na minha vida atualmente.  Percebi que eu não conseguia expor minhas ideias com medo dos outros discordarem, ou de acharem idiota. Percebi que eu ficava "na minha" demais, não por gostar de estar só, mas pra que ninguém se incomodasse com as minhas diferenças, pra que eu não tivesse que defender meus ideais, ou dizer 'não'.  Eu fugia dessas situações.
Demorei 30 anos pra descobrir quem sou e assumir com coragem.  Posso mudar amanhã e não tem problema, eu vou assumir meu novo eu do mesmo modo.
Isso melhorou minha vida no trabalho, não me sinto inferior, estou circulando mais tranquilamente e dando mais de mim, sabendo que eu tenho valor.  Pela primeira vez marquei uma reunião na qual quem teria que falar seria eu. E não vou mais fugir de situações onde eu terei que ser diferente e mostrar que discordo de certas coisas.
Pode ter gente que não vai gostar, mas aí faz parte da vida. Eu só não quero e não posso mais me esconder da vida. Eu respeito as diferenças, e se não quiserem me respeitar de volta, problema dos outros, não meu. Vou ser fiel a mim mesma.

Nessa onda de não querer ser influenciada estou me afastando das redes sociais. Eu sempre tô procurando inspirações.  Mas prefiro me inspirar em mim mesma. Em leituras mais densas e verdadeiras que legendas de fotos.  Não tenho mais os aplicativos do Facebook e Instagram no meu celular. Eu amava o Instragram, tem gente do bem e tudo, mas gente, rede social, queira você ou não, acaba por gerar comparação.  E eu não quero me comparar com ninguém. Esse é meu exercício diário: Não me comparar com ninguém! Eu percebi como a palavra "seguir" estava me incomodando,"eu sigo fulana"... "beltrano está te seguindo".
Quero ser melhor que eu mesma ontem.  Só me comparar comigo mesma. Observar minha descoberta diária de mim, e minha evolução.  Essa mania de escrever ajuda bastante, meu diário concordaria com isso. Eu me vejo nas minhas palavras escritas nos diários. Pena que houve uma época que eu joguei tudo fora, pra não lembrar de tantos ódio que eu tinha de mim. Eu poderia ter ficado com eles, digitalizado, pra no futuro ver como evolui.
A cada dia exploro mais quem eu sou.  Penso no que preciso melhorar. Penso no que gosto e no que não gosto. Nas minhas escolhas, que são exclusivamente MINHAS. E agora eu sei disso. E agora eu me respeito nesse sentido.  Tá ótimo viver assim!

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Aproveitando o recesso... menos do que poderia, mais do que o de costume

Bom, como a maioria aqui sabe trabalho em escola. Acabamos de ter o recesso escolar e hoje é o retorno.
Não tínhamos dinheiro para viajar. Mas havia alguns lugares que eu pretendia ir e não fui.  Houveram coisas que eu queria fazer e não fiz.
Já vou começar dizendo que o recesso acabou mal, e talvez esse clima tome conta até das coisas boas que aconteceram.  No sábado (hoje é segunda), meu gatinho de 6 anos sumiu de casa. Ele nunca havia tido coragem de sair de casa, nunca ficávamos preocupados, porque as vezes ele sumia e só estava escondido em casa mesmo, mas dessa vez ele não saiu de nenhum cantinho, não ouvimos os miados para resgatá-lo de nenhum lugar. Ele simplesmente desapareceu. Procuramos no bairro, mandei foto pra vizinhança. Ele é muito medroso, deve ter ficado apavorado com alguma coisa. Agora não sei se ele consegue voltar pra casa... ou se vamos conseguir encontrá-lo. Ele tem problema no fígado e rins. Não pode ficar muito tempo sem água e comida. Então eu tô bem triste mesmo. Na expectativa e sem muita esperança ao mesmo tempo.


Durante esse mês eu consegui fazer mais de algumas coisas que importam relacionadas a espiritualidade.  
Não li mais, o que foi uma derrota, mas a falta de silêncio para minhas leituras afetou isso, então "obrigada, vizinha, por deixar seu rádio ligado até pra dormir".  Aliás, essa mesma pessoa me proporcionou uma tristeza, que eu controlei bem mais rápido que antigamente. A gente vai aprendendo a ignorar quem tenta nos fazer mal, a gente aprende é com gente ruim a se importar menos pro que os outros pensam de nós.
Aí... aprendemos a nos importar com quem se importa com a gente.
Foi aí que esse recesso valeu.  Encontramos amigos.  Três moram longe, e isso dificulta os encontros. Uma mora perto e o que atrapalha é conciliar horários. Mas pra quem quer sempre dá. Afinal, sempre dá pra gente ir tomar um café, almoçar ou jantar juntos. Sempre dá pra fazer coisas simples, é só não inventar grandes e complicadas coisas e ficar com o básico.  É só não esquecer que o que importam são as relações. E de preferência ao vivo. Frente a frente. Com direito a abraço.
Ficamos felizes de nos rever.  Foi divertido, houveram boas risadas.

Também dei uma geral por aqui. Dei roupas, algumas para uma amiga que sabe pra quem repassar e outras eu sabia bem pra quem repassar, quem ia gostar daquela roupa que nunca usei.
Dei uma faxina também, o que eu notei que me deixou um pouco estressada e meio exigente. Isso não é pra ser assim. Devemos fazer pra que a vida tenha mais beleza e leveza, não pra atazanar a vida da nossa família.  Cada um tem seu jeito. É a frase que repito constantemente. Cada um tem seu jeito e precisam ser amados pelo que são e pelo que fazem. E assim seguimos a vida.





Ah... e aprendi a fazer moqueca de peixe,
 que eu achei que ficou bem boa. 












Ah... e além dessas coisas... Fomos a um seminário no Instituto Nacional de Educação de Surdos(INES). Foi específico para intérpretes e foi todo em Língua de Sinais. Aprendemos bastante. Além disso eu vi que quando digo "sim" descubro que sou bem mais capaz que imaginei.

Foi um encontro bem legal. Participei da oficina para Intérpretes escolares, o que me fez pensar em algumas coisas para melhoria do meu trabalho e para o ganho da minha aluna.







Hoje volto a trabalhar.  Não vou dizer que isso muito me alegra, porque sinto que precisava descansar um pouco mais e houveram coisas que me esgotaram.  Também não fui a um lugar de natureza para contemplação como pretendia. Mas tudo bem... vai dar tudo certo.






Por aqui a natureza se fez presente pra me lembrar que mesmo que eu não saia de casa, ela está em todo lugar:








Sem mais...
Até mais!


terça-feira, 17 de abril de 2018

Cansei! Reduzindo preocupações (saúde e outras coisas)

Vou contar uma coisa pra vocês. Eu andei meio obcecada. E pra quem quer viver assim bem de boa, devagar, isso atrapalha. Às vezes queremos saber demais. Queremos ter certezas sobre o que é melhor. Mas quando a questão é saúde, há tantas controvérsias, há dinheiro envolvido, há tantas coisas. E no fim, nem tudo funciona pra todo mundo.

Enfim... para viver leve e saudável, eu vou:
Ir ao sacolão e pensar em coisas diferentes pra trazer pra casa. Deixar bem colorido!
Frutas para lanches
Polivitamínico
Mais exercício!
Mais água

Pra isso não precisa de pesquisas... é só fazer comida de vó mesmo.

Vou contar o que aconteceu comigo. Nesse último mês estive muito mal. Acho que nunca fiquei tão doente. Mas porque a surpresa?
Estou praticando Pilates, e havia mudado drasticamente a alimentação. Estava comendo bem certinho. Gastava um bom tempo pesquisando e fazendo coisas relacionadas a isso. Assisti muitos documentários sobre alimentos. Levava frutas e água pro trabalho, recusei até a lasanha da minha mãe. Amo doces, cortei também. Estava com uma alimentação basicamente vegetariana(comia ovos e derivados de leite) e baseada em produtos de sacolão... frutas, legumes e verduras. A minha alimentação veio melhorando no decorrer do tempo. Antes comia tudo. Depois cortei coisas muito artificiais. Só tomo suco da fruta, uso temperos naturais, reduzi frituras.
Mas aí fiquei bem mal. E o que deu nos exames? Deficiência gravíssima de vitaminas, colesterol e triglicerídeos altos.
Ah... pera aí! Eu me cuidei e piorei. Tem gente aí que leva uma vida louca e não fica mal como eu.
Emagreci quando não me preocupei. Vivia mais antes de descobrir a fibromialgia. Continuei piorando independente de ter renunciado a certos prazeres e nem emagreci.

Então quer saber? Vou sim comer frutas, verduras e legumes. Mas não vou me privar de nada bom. Com equilíbrio.
E CHEGA DE DOCUMENTÁRIOS! Ah... me fazem mal. Trazem informações nem sempre confiáveis, e mesmo que sejam confiáveis eu posso ficar doente mesmo seguindo seus conselhos.
CHEGA DE NEURA!!!
Falando sobre documentários.... decidi parar com todos no momento.

A única coisa que pretendo é quando meu tratamento acabar ficar tomando polivitamínico e poliminerais. Pra evitar voltar essa anemia.
E aumentar exercícios... isso sim parece-me muito importante. Pilates duas vezes na semana não basta. Quero aumentar minha resistência com algum exercício aeróbico e chegar a atividades de alto impacto.

Sempre associei autoestima ao meu peso. E mesmo quando eu pesava 53 kg aos 15 anos, não achava bom. Autoestima é igual felicidade. Vem de dentro.
Projeto: "Em busca da autoestima verdadeira"

Seja feliz!
***
Escrevi a uma semana o post acima...
Comecei a pular corda em casa. Tenho mini infartos... rsrs... brincadeirinha. Mas sim, não paro quando fica difícil, eu vou forçando os limites... ainda tô muito sedentária, mas já vejo diferença... não no meu corpo, mas na minha resistência.
Como não estou restringindo minha alimentação, decidi diversificar bastante. Tô encontrando até mais prazer em cozinhar.
Ah... e já comecei a tomar um polivitamínico. E estou me sentindo bem melhor.


sábado, 7 de abril de 2018

Estabeleça prioridades



" Só tenho tempo pras manchetes no metrô
E o que acontece na novela, alguém me conta no corredor,
Escolho filmes que eu não vejo no elevador
Pelas estrelas que eu encontro na crítica do leitor...
(...)
Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa, mas nada tanto assim.
(...)
Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal"
Kid Abelha

Essa música sempre me definiu.
Meus interesses:
Idiomas
Jardinagem
Literatura
Cinema
Pedagogia
Fotografia
Gastronomia
E acima de tudo isso e mais importante que tudo tenho minha vida espiritual.

Eu posso querer me dedicar a tudo, mas não dá. Antes eu colocava tudo na minha rotina, todas essas coisas. E não dava certo. Nunca deu. Ter muitos objetivos é angustiante. Exaustivo. É preciso buscar a sua essência, o mais importante pra você. Eu não coloco aqui o cuidado com a saúde, porque sem saúde não se faz nada. Mas vou falar sobre isso depois, isso também eu estou levando de forma mais leve. Não dá pra ter milhares de prioridades. Então decidi minhas prioridades... a minha vida espiritual, o estudo da Bíblia e como estou trabalhando como intérprete o aprofundamento do conhecimento em Libras.
Essas serão as minhas prioridades para questões de aprendizagem e uso do tempo, não vou tentar aprender tudo que está a minha frente. Não vou ficar consumindo milhares de informações pouco úteis.

Claro que quero viver leve... então estabelecendo alvos realísticos e excluindo as perdas de tempo, você consegue fazer essas coisas e cuidar de si, de sua alimentação, exercício, porque essas são as coisas normais da vida, que não podem ser deixadas de lado.

É melhor você ser especialista em algo do que saber pouco de muito. Aí sim você pode se destacar e conseguir fazer coisas significativas.

Não dá pra viver tudo. É preciso fazer escolhas para se viver melhor. Já temos nossas obrigações diárias com nossa casa, nossa família. Temos que valorizar o tempo com os amigos. O tempo com quem amamos. É preciso desacelerar. Ter foco ajuda... é mais fácil ir devagar quando o foco está dividido pra pouca coisa, ou apenas uma.

Como hobbie eu vou pegar o violão, vou continuar adquirindo plantas que me acalmam, vou ler. Mas sem cobranças, no tempo vago, como hobbie. Não como obrigação. Como obrigação(e obrigação prazeiroza), apenas as duas mencionadas. Só.

Então, se posso te dar um conselho é:
Descubra o que é importante. E foque nisso!

Pedacinho do livro "O essencialista"


Beijinhos e até a próxima!

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Mais um destralhamento quase concluído!

Cada dia que passa me desfaço de mais e mais coisas, e começo a observar as coisas paradas em casa e dar um destino a elas.
Infelizmente esqueci de tirar fotos, não me preocupei em postar, me preocupei em fazer!

O que ganhou novo dono ou foi descartado:

- Papéis inúteis(todo o tipo, na maioria anotações)
- TV antiga - estava a uns dois anos aqui sem ser ligada, é daqueles modelos antigos, gordinhos...
- Impressora quebrada - aparentemente sem conserto.
- Roupas que não uso, ou uso mesmo sendo acabadas, rsrs... tchauzinho!
- Utensílios de cozinha- estes abriram muito espaço, haviam panelas que eu não usava ou precisava e vários potes de quando fazia bolo no pote pra vender.
- Materiais de artesanato que não pretendo usar. - algumas coisas que eu fazia pra vender, dava muito trabalho e não me alegrava. Vale mais comprar quando necessário. Ainda falta me desfazer de mais algumas coisas.


A estante ficou mais vazia e recebeu uma plantinha natural pra alegrar!
O guarda-roupa ficou mais arrumado. Ainda ficaram 2 calças para "e se eu emagrecer"... eu sei que não é o ideal, mas eu sofro de efeito sanfona, então até que faz algum sentido.  E espero sair desse efeito maldito permanecendo no menor peso.




quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Minimalismo é coisa de rico/ Minimalismo é coisa de pobre

A maioria das histórias sobre simplificar a vida, desfazer-se dos excessos, as histórias dos minimalistas na mídia muitas vezes estão relacionadas a pessoas ricas. Pessoas que possuíam muito e aí de repente largaram tudo.
A casa minimalista que vemos por aí, tem móveis caríssimos.
As roupas minimalistas, para quem quer ter um estilo minimalista, são de um determinado tipo, aí você teria que trocar todo seu guarda roupa.
Então alguns pensam que é coisa de rico.

Não tem nada a ver com a sua conta bancária, tem  a ver com o modo que quer levar a vida, com deixar a vida leve.  Com analisar o que é essencial, o que é importante e viver com isso. 
Deixar claro algumas coisas:
-Você não tem que trocar seu guarda-roupa - se você percebe que seu estilo não é o que você usa, é muito possível trocar aos poucos conforme as suas roupas forem estragando. Pra quê a pressa?
- Sua casa não precisa ser nas cores preto, branco e cinza - use as cores que te faz feliz.
- Você não precisa viver com 100 itens - defina o que é essencial pra você
- Não tem que imitar ninguém -  esse item é o mais importante.

Outros, ao exporem seus poucos bens, são chamados de sovinas. Ainda alguns ao assistirem vídeos  dizem " Eu não sou minimalista, eu sou pobre mesmo!"

Eu sou pobre, mas cada vez que eu destralho minha casa sai coisas e mais coisas daqui. Então vamos aos itens em excesso que o pobre guarda:

- Roupas velhas: rasgadas, desbotadas, desgastadas, furadas, roupas íntimas, etc.
- Papel: recibos, resumos, matéria da faculdade ou da escola, revistas, etc
- Objetos de cozinha: potes plásticos quebrados ou rachados, potes de margarina e sorvete, panelas velhas que já não são mais utilizadas, eletrodomésticos que não gostamos de usar, panos que guardamos para futura eventualidade.
- Objetos não identificados : isso mesmo! Aquelas peças que você encontra perdida pela casa e não sabe de onde saiu, e guarda por anos achando que um dia vai descobrir de onde saíram.
- Coleções que não amamos mais, livros que nunca mais leremos, cds que não mais ouviremos.
-  Bibelôs... alguns ganhamos, alguns herdamos, outros compramos. E muitos não amamos.
-  Lembrancinhas de festas
-  Flores artificiais- que pegam poeira e dão muito trabalho pra limpar.
- Eletrodomésticos quebrados.

Eu vou falar a verdade aqui... eu guardo potes de margarina... pronto, falei! Mando mesmo comida pros amigos neles quando almoçam aqui e vão levar algo pra casa, eles também me servem pra misturar os cremes de cabelo ou tinta... tem as mais variadas utilidades. Dentro do saco de ração dos cachorros tem um pote de sorvete que eu uso pra pegar a ração. Mas eu fico com uma quantidade mínima guardada. Não faço coleção, rsrs.

Também tenho umas roupas em más condições para quando for pintar a casa ou fazer qualquer coisa que vá estragar a roupa. Mas fica só uma reservada pra isso.

Isso foi só pra vocês entenderem que o pobre também pode ser acumulador. Eu mesma tenho que ver os recibos que já não precisam ser guardados... uma daquelas tarefas que deixamos pra depois, e o depois nunca chega.

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Simplificar a vida é pra quem quiser!

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Sair da rotina #1 Passeios

Sabe... eu sempre pensei: Nunca segui rotina pra poder sair dela.

Mas, pensando bem, a minha rotina era a inércia.  Agora... eu quero ser ativa... Acho que já falei disso por aqui.  Em todos os sentidos... Mas hoje eu queria falar sobre viver coisas novas. Ver lugares bonitos.

Fazer a vida bonita é ver o que é bonito também.

Fomos a Vista Chinesa... sabe, vou confessar pra vocês... eu não tava tão a fim de ir.  Mas a ideia foi minha, marido apoiou, pegamos biscoitos e frutas e fomos.



Lá paramos na cachoeira dos macacos...



Depois fomos ao planetário... que não tinha grandes exposições... mas a sessão de cúpula valeu a pena.  É lindo assistir as estrelas no teto redondo... parecia que estávamos deitados na roça, olhando pro céu super estrelado como eu nunca vi de verdade.

Ah... e este fim de semana vivemos outra experiência agradável, e levei meus irmãos:

A imagem pode conter: 1 pessoa, em pé e área interna
Cena do musical Dançando no Escuro.

Está aqui no RJ, última semana, aos domingos tem acessibilidade, fones com áudio descrição, programa em braile e intérprete de Libras.(Que não sou eu... acho que já podem começar a me contratar pro teatro, pessoal, tô aceitando! rsrs)

Pra quem é do Rio, é no Sesc Ginástico, essa é a última semana... então, se gosta de musicais, aproveite!!!


sexta-feira, 11 de agosto de 2017

O essencial: Amigos

Nessa busca insana pelo que é importante num mundo de distrações, descobri que de fato esse mundo egocêntrico nos afasta demais das pessoas a nível real, por que nos iludimos com o virtual.  Mas agora estou mais consciente disso. E embora eu queira sempre me isolar... vejo que estar com meus amigos é o que me faz bem.  Estou me esforçando para encontrar com eles, e eles são tão especiais.
Quero falar de uma pessoa especificamente. Uma amiga incrível que pude rever esse mês, esse mês maravilhoso que me trouxe muitas oportunidades de ver amigos.

Já notou como as pessoas gostam de ser as melhores? Como as pessoas gostam de aparecer? Querem ser melhores que seus amigos, melhores que seus cônjuges e familiares. Isso porque esse mundo só olha para os melhores. Só olha para os que aparecem por serem inteligentes ou engraçados ou habilidosos.  Vejo isso em um dos meus locais de trabalho, há pessoas, jovens e adultos, que ficam todo o tempo tentando mostrar como são legais. Olham para o outro sem ver. E eu me sinto totalmente apagada lá, até minha voz fica mais baixa que o normal. Sinto-me adolescente de volta à escola neste lugar (Bom, é uma escola, mas eu não sou aluna! Rs). As pessoas não me viam, não sabiam quem eu era, e se contentavam com o exterior... sendo que o exterior era bem estranho já que eu me sentia muito mal naquela guerra de egos. É justamente o que sinto agora.  Ninguém me conhece e nem procura conhecer. Vejo pessoas que sabem falar, mas não sabem ouvir. E como na adolescência, eu já não mais me preocupo em tentar falar.  Imagino que façam uma ideia totalmente errada de mim... mas já não importa, eu cheguei naquele lugar destruída pelo luto, e nunca ninguém percebeu as lágrimas nos meus olhos.  Então, não é desse tipo de gente que eu quero me cercar. Pessoas que acham que alguns merecem atenção e outros não. Sendo eu incluída na categoria dos que não merecem.  Cada um concentrado em ser melhor que o outro.  Olhando tanto para si que não conseguem ver mais nada.  Vi meus alunos surdos passarem por isso também, invisíveis. (Com algumas exceções, nem todos são assim)

Agora... sobre a minha amiga.
Ela não é da categoria acima. Ela é inteligente, é habilidosa e muito capaz. Tudo que ela quer fazer, ela faz. Mas sabe o que ela faz melhor?  Incentivar pessoas.  Ela olha pras pessoas e as incentiva, e dá suporte, dá elogios sinceros e se for preciso procura meios para que as coisas se realizem. Ela não se importa de fazer parte dos bastidores. Ela nos vê em nosso potencial, porque não está focada em si mesma. E nos ajuda a ir para frente.  Aceita o que somos e se interessa mesmo pelas pessoas que normalmente são rejeitadas, porque ela se interessa por todos, principalmente pelos que mais precisam. E mesmo ajudando, não se acha superior a ninguém.  Ela ouve... e ouve mesmo. Ela olha e enxerga. Não está tentando ser melhor que ninguém, está sempre interessada no que pode aprender com os outros e também se interessa pela parte difícil, pelos problemas.  Isso a faz ter experiências gratificantes.  O marido dela é assim também... o que faz deles um casal muito amado por sua simplicidade e simpatia(ou devo dizer empatia?).
Fiquei feliz em estar com eles. E com outros amigos também.


É de gente assim que eu quero me cercar... é assim que eu quero sempre ser.  É importante se cercar de gente do bem.  Eu já não me gasto tentando agradar quem não é assim.  E quando tento, geralmente me arrependo, pra quê colocar energia no que não vale?
 Assim mesmo há algo que eu preciso melhorar.  Sinto algo ruim em lugar assim e me apago. Eu desapareço. Uma coisa é não se importar em agradar, outra é mudar.  E eles me mudam, eu fico triste naquele lugar.  Eu quero conseguir ser o que sou em qualquer lugar.

Termino com esse objetivo. E um tanto de outras coisas a pensar!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

A maturidade que a dor nos traz


O ano de 2016 foi caótico pra quase todo mundo.  Foi um ano de crise econômica mundial, e pra nós aqui no Rio de Janeiro ainda houveram alguns agravantes.  Muito desemprego, desestabilização.    Além disso, cada um enfrenta seus problemas particulares.  Para mim, não me lembro de passar um ano tão difícil, desempregada, deprimida e com a saúde péssima.
Agora esperanças renovadas, não porque é ano novo, porque eu não conto o ano novo, e sim o dia novo toda manhã ou conto como recomeço quando tomo decisões que podem mudar minha vida.  E eu tenho entendido algumas coisas sobre a vida, e percebido a causa do meu sofrimento ao avaliar meus pensamentos em relação a vida e as pessoas que me cercam.

Quando você passa por problemas graves você começa a pensar em todo sofrimento desnecessário e toda futilidade que um dia você pensou ser importante.  Seja problemas de saúde ou emocionais, eles te fazem pensar se vale a pena tanto esforço para conseguir dinheiro, tanto sofrimento pra ficar aceitavelmente bonita para os outros, com saltos, cabelos sempre feitos que nem te permitem sentir a chuva ou receber um afago, a besteira que é mudar seu modo de ser pra agradar.  A obrigação de sorrir e estar sempre feliz.  De usar as redes sociais pra mostrar como sua vida é “maravilhosa”.  Quando você se sente incapacitada pensa na obrigação de ser sempre útil e produtiva.  E o trabalho que dá cuidar de cada acúmulo desnecessário. E a preguiça de escolher a roupa num mar de roupas e na bagunça do seu guarda-roupa, como seria bom se tudo fosse mais neutro e se combinasse e fosse fácil escolher.

Se você não está sempre bem, e tem que escolher bem suas tarefas, ou se não tem dinheiro e tem que escolher bem suas compras, você aprende a ser bem mais seletivo.  A ver quais são as coisas mais importantes. Isso é maravilhoso!  Permita-se refletir. Porque se tem algo que a dor, a dificuldade financeira e a depressão não tiraram de você, foi sua capacidade de pensar e avaliar a vida e o mundo.  Não perderá mais tempo com banalidades, e muito menos com falsidades.  Mentiras pra quê? Agradar pra quê? Dá muito trabalho manter uma máscara no rosto, mostre-se ao mundo como você é, ainda que você não seja o protótipo ideal que a mídia nos ensinou ser o certo.
Sinta seu sofrimento, mas não se apegue a ele.  Permita-se chorar, deitar e pensar, conversar sobre com amigos VERDADEIROS, mas de forma alguma se apegue a ele.  Mesmo que seus problemas não tenham ainda solução, deixe o sofrimento passar assim que você aprender com ele e entender como lidar com os problemas.  Sim, ele vai voltar vez ou outra.  Mas não o convide para morar com você, saiba que ele vai chegar, mas vai partir.  Use-o para se tornar mais forte e sábio, mais resistente.  Não permita apenas que seja em vão.

E lembre-se: Se o que é bom acaba, o que é ruim também.  Quase tudo é transitório e passageiro nessa vida.

domingo, 22 de janeiro de 2017

Importantes pra uns, futilidade pra outros(Sobre manicure)

Venho escrever esse texto devido a uma situação. Conversando com um grupo de mulheres, eu causei um espanto geral ao afirmar que só paguei pra que fizessem minha unha duas vezes na vida. Na minha formatura e no meu casamento.  Elas realmente ficaram muito assustadas com essa informação.  E meu espanto não foi pelo fato de que eu era a única que em nenhum momento da vida frequentei manicure, e sim, me assustou um pouquinho como essa notícia pareceu tão absurda para minhas ouvintes.  Quando eu disse que “para mim” era um desperdício de dinheiro, tentando justificar o horrível caso da mulher que faz suas próprias unhas, o susto foi maior.

Engraçado que eu não sabia que era assim tão comum ter que pagar pra fazer as unhas.  Minha mãe sempre fez a unha em casa, aliás, minha mãe até cortava meu cabelo.  Acho que fui umas  5 vezes ao cabeleireiro durante toda a minha vida. Então para mim é algo normal.  Mas as mulheres acham bem absurdo isso.
Eu nem sei quanto está fazer as unhas agora, mas digamos que seja uns 20 reais para fazer pé e mão, aqui onde moro.  A maioria faz uma vez por semana, o que dá 80 reais no mês, 960 reais ao ano! Acho que é possível que qualquer pessoa aprenda a fazer isso em casa, com um mínimo de coordenação motora e uns trocados de material que vai durar por pelo menos um ano.  O mesmo funciona pra cabelo. Um bom creme custa caro, mas pode ser usado várias vezes. Uma ida ao cabeleireiro custa o valor desse creme que você usaria por meses.  Eu não vejo porque não fazer eu mesma.  Claro, é necessário um profissional para uma série de procedimentos que não se deve fazer em casa com químicas destrutivas. Eu uso tintura. Mas não é tão agressivo assim.

Mas a gente faz assim:  Se é importante pra você, eu não vou diminuir o valor disso.  E como não é importante pra mim, entenda que são pontos de vista diferentes. Eu não fico toda peluda, bigode, unhas sujas. Eu faço tudinho, eu mesma. E não me sinto nem um pouco desmerecida por isso.   Também não me sinto anormal, embora no momento que notei o espanto das outras, senti-me um tanto de outro mundo, mas essa sensação faz parte da minha vida desde a infância, por motivos bem diferentes.

Muitas pessoas que se encaminham pela vida mais simples, pensam na economia, e vi vários casos de pessoas que economizaram muito em estética por aprender a fazer aquilo que antes tinham que pagar, comigo foi diferente, eu já fazia isso.  E se você gasta muito em salão de beleza toda semana, coloque na ponta do lápis e veja o quanto você gasta por ano. É assim que sempre penso. Em um ano economizando esse dinheiro, você poderia viajar? Se sim, acho que é muito dinheiro.  Mas isso, é o MEU ponto de vista. E eu estou traçando o meu caminho, não o de ninguém.

Conclusão: Imagine se soubessem todas as mudanças que eu fiz em busca de uma vida mais simples, com gastos e atenção focados no essencial, me desfazendo constantemente de coisas, mesmo já tendo poucas.  Falei algo tão bobo em relação a tudo que já mudei na vida. As pessoas no geral não entendem quando você vai no caminho oposto ao consumo.


Faça suas escolhas baseadas no que você acredita, no seu ideal de vida, no que é importante de fato para você. Respeite as escolhas diferentes dos outros.  Respeite as suas. E assim, cada um vai traçando seu próprio destino, e sua própria maneira de ser feliz.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Walden ou A vida nos bosques - Henry David Thoreau

Acabei enfim de ler. Depois de muito tempo arrastando a leitura.

O filósofo foi morar dois anos próximo ao lago Walden. O livro é todo uma reflexão de como a sociedade é superficial e interessada em tantas coisas desnecessárias a vida. Impressionante já que foi escrito em 1854! Ah... se Henry David Thoureau soubesse que a humanidade ainda iria decair tanto e ficar tão pior, mas essas vaidades tolas e inúteis são realidades desde os tempos bíblicos.  Eu pretendia escrever muitas coisas sobre o livro, mas não vai ser desta vez.

Apenas gostaria de dizer que a leitura é boa de se fazer, e faz realmente pensar que muito pouco é o necessário. Além disso me parece que nele a gente nota como o contato com a natureza é essencial, isso eu já pensava antes, mas a leitura mostra como esse tempo quase isolado que ele passou permitiu que ele observasse a natureza, seus movimentos, sua forma de sobreviver, simplicidade, satisfação. E de fato, estar em contato com a natureza, para mim, é respeitar a própria vida.

Então é um livro ótimo, infelizmente não foi melhor porque eu não li com regularidade e demorei a terminar, isso cortou muito a linha de raciocínio e fragmentou meu pensamento a respeito do livro, por isso não poderei falar tanto quanto gostaria.

Trechos do livro:
«Fui para os bosques porque pretendia viver deliberadamente, defrontar-me apenas com os fatos essenciais da vida, e ver se podia aprender o que tinha a me ensinar, em vez de descobrir à hora da morte, que não tinha vivido.»

«Acho saudável ficar sozinho a maior parte do tempo. Ter companhia, mesmo a melhor delas, logo cansa e desgasta. Gosto de ficar só. Nunca encontrei melhor companhia do que a que a solidão me proporciona. Em geral estamos mais solitários quando saímos e convivemos com os homens do que quando ficamos em nossos aposentos.»

Trechos do artigo da Obvious(endereço no final do trecho)

"Segundo o próprio, o que o moveu a atravessar as estreitas ruas de Concord e seguir rumo ao oeste a caminho de Walden, foi pensar que comemos muito porque trabalhamos muito, é uma questão de relatividade, se trabalhássemos menos comeríamos menos, logo, necessitaríamos de menos pra viver... e viveríamos bem, pois sobraria mais tempo para as coisas que gostamos.
Nota-se que Thoreau não fazia o que fez pra aparecer, chocar, todos os que eram próximos o reconheciam como um gentil e solitário buscador da própria identidade. Desprezado, incompreendido, ofendido e até condenado (vide Desobediência Civil) tomou de acompanhante apenas a solidão, foi o exemplo vivo da doutrina de indiferença ao mundo moderno. Vivia no mundo, porém, sem compactuar ou mesmo se afetar com o mal do mundo.


© obvious: http://lounge.obviousmag.org/pseudalopex/2014/06/walden-ou-a-vida-nos-bosques.html#ixzz4K4h57Pyf "

Eu, talvez por meus hábitos de leitura compatíveis com minha ansiedade, não me prendi tanto a leitura do desenvolvimento do livro e me dispersei porque haviam dados que não eram tão claros pra mim, pois ele descreveu inclusive seus gastos em detalhes, mas claro, isso não está convertido em reais e nem associado a coisas que eu conheço. Enfim, gostei muito mais do início do livro, os primeiros capítulos e sua conclusão, são as melhores partes do livro pois você entende o motivo de ele ter feito essa jornada e aquilo que ele concluiu após dois anos. E amei o fato de ele não se manter isolado toda a vida, e ter entendido que aquilo foi uma busca por autoconhecimento, e que já não cabia continuar naquela vida, porque havia ainda muita coisa a se viver. Então ele entendeu o que era essencial, continuaria sem viver de forma superficial, mas não precisava se isolar para isso, e poderia viver outras experiências e adquirir mais vida, mais histórias, mais sabedoria.

Recomendo a leitura!
Até!
Ahhh... não acabou totalmente... pretendo fazer outros posts discorrendo sobre alguns pontos que marquei na leitura.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Minimalismo: Mesmo que perca o foco, volte

Quando o caos se instala na sua vida, e tudo fica de cabeça pro ar, é natural que você se desestruture, que perca seu foco... que deixe de lado seu objetivo de vida sem perceber.
Se isso acontecer com você, não se culpe. Não se desespere. Volte aos seus objetivos...pegue de onde parou e continue.

Isso aconteceu comigo. Minimalismo é consciência. Você tem que fazer as coisas por um motivo, ter as coisas por um motivo. De repente, quando algo inesperado acontece você começa a olhar demais para o seu problema, aí você perde a consciência, faz as coisas no desespero ou faz no automático. Liga TV, computador, tenta se preencher com coisas que te tirem da realidade que mudou sem você querer.

Agora, quando você perceber isso, respire fundo e levante-se. Continue. Você não perdeu tudo que fez, você só caiu, agora é se levantar, fazer um curativo pro caso de eventuais feridas, recuperar-se e seguir.

Já se levantou? Agora olhe em volta e note todas as tralhas que foram acumuladas no tempo que esteve no chão. Em tempos de problemas ocorre uma maior acumulação de tralha. Tire o que não é essencial. Lixo, papéis... dê um destino a tudo. Lixo, doação, reciclagem.

Veja como está usando o tempo. Será que está fazendo o que gostaria ou está gastando tempo com coisas inúteis, só fugindo da realidade? Avalie.

Livre-se de tudo que não tem utilidade(vale lembrar que "me faz feliz" é uma utilidade válida). Livre-se de pensamentos ruins também. E claro, das pessoas tóxicas.
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Sobre mim...
Esta semana separei duas enormes bolsas, uma de lixo, outra de doação(roupas que na última vez que destralhei deixei para tentar usar e não usei).
Tem uns dois meses que exclui o aplicativo Instagram do celular. Posso ainda ver pelo computador, mas vejo muito menos que quando o tinha sempre em mãos... era um vício que já estava me incomodando.

Entrei em muitos grupos no facebook para pesquisar sobre o trabalho que tenho feito e sobre interesses pessoais, estou lendo e vendo muitas coisas que não gosto, pessoas julgando as outras, sendo um tanto arrogantes, e eu definitivamente não gosto disso. Aí fico com vontade de responder, mas aí perderei meu precioso tempo com coisas desnecessárias, e penso ser melhor ficar quieta, outras vezes acabo respondendo e entrando numa discussão que não me leva a lugar nenhum. Estou pesando ainda prós e contras para tomar uma decisão quanto a eles.
Minha imunidade é muito baixa... ou está. Sempre estou doente, mais dias doente do que bem... o que faço pra melhorar minha saúde? Ainda não sei... mas esta certamente é uma prioridade.

Estou mais leve depois de mais essa limpa que fiz em casa. É bom voltar ao meu caminho!

terça-feira, 28 de junho de 2016

O que estou aprendendo com a crise

A crise finaceira me afetou este ano. E por mais que eu viva bem com pouco, não dá pra viver sem nada.

1- Não existe estabilidade
Por mais que você queira ter estabilidade financeira, emocional, de saúde e tudo mais... isso não é possível. Tudo pode sempre mudar. Não adianta se desesperar que a vida é assim, um sobe e desce sem fim.

2- É preciso abrir mão
Por mais que amemos certas atividades ou coisas que temos, é preciso abrir mão para não se endividar, para não começar uma bola de neve que vai te esmagar mais a frente. É preciso avaliar cada vez mais o que é necessário, e isso o minimalismo já me ajudou muito. Avaliar o necessário, não só do consumo de coisas, mas de serviços ou atividades que precisem de gastos.

3- Não perder tempo se lamentando
Não adianta sofrer, chorar, se deprimir. Se a situação mudou, levante-se e se adapte. Nós temos essa capacidade de nos adaptar a novas situações, criar estratégias e tudo mais.

4- Criatividade é tudo
Aprenda, aprenda, aprenda.
Aprenda a fazer as coisas sozinhas. Fazer consertos básicos. A cozinhar coisas diferentes, gostosas porém mais baratas. Aprenda novas coisas que podem se tornar fonte de renda.

5- Aproveitamento máximo de tudo que possui
Use tudo até o fim. Aproveite tudo dos alimentos. Aproveite ao máximo as possibilidades e combinações das suas roupas.

6- Coragem para tentar algo novo de novo
É preciso ter uma fonte de renda. Tente algo novo. Ficar parado não vai ajudar, a solução não cairá do céu. Faça algo, qualquer coisa.

7- Acima de tudo lembrar que há muitas coisas prazerosas que não custam um centavo





Eu estou costurando e comecei a cozinhar. Embora eu tenha um diploma, eu estou querendo não procurar nada agora. Eu quero viver com calma por um tempo, ou pra sempre. Aproveitar meu tempo pra coisas que eu quero, ter mais tempo pro que é importante. E no fim, estamos aprendendo a viver com menos.
Eu sempre tenho falado aqui que eu estou amando trabalhar com as mãos, embora o retorno ainda está muito pequeno, vou falar melhor disso em outro post.

Até breve!

domingo, 29 de maio de 2016

Não quero falar sobre as dores

Eu comecei a escrever com o título "Quando a doença vence"... mas era triste e eu decidi mudar o rumo da conversa.  Isso porque eu tenho estado muito mal, desde janeiro passando por crises constantes de fibromialgia, limite muito baixo de esforço físico, qualquer coisa me esgota. Além disso agora estou sofrendo com a chikungunha, que me debilitou o mês inteiro. E pra terminar, crise de sinute. Esse mês foi dos piores. Esse ano tem sido...
Quem mora no Brasil sabe como está a situação por aqui. Situação financeira extremamente crítica.

Daí eu percebi que eu estava indo muito bem a uns tempos atrás, mas uma onda de negatividade tomou conta de mim. E sabe, quem permite essa negatividade sou eu. Eu sou responsável pela maneira que reajo aos problemas. E todo mundo tem problemas. Então aos poucos estou me levantando, mesmo que seja doloroso. E retomar a vida depois de me entregar é sempre difícil.

Então, para não ficar entrando em detalhes no sofrimento, passemos aos objetivos:

*Fazer alongamentos em casa e exercícios leves(que saudade do Pilates!)
*Experimentar novas receitas(a maioria saudáveis)
*Passar tempo com quem eu amo
*Me dedicar ao que mais importa... só a isso.
*Investir no meu artesanato, deixá-lo mais profissional, com etiqueta, logotipo, etc.
*Escrever sempre. Fazer no mínimo um post semanal.(Não quero mais abandonar vocês!)

Sobre este último, quero contar: descobri que gosto muito de trabalhar com as mãos, e estou aprendendo um pouquinho mais a cada dia, e pegando o jeito com a máquina de costura. Isso tem me dado satisfação. Quando termino uma peça, finalizo, vendo, e a pessoa que recebe gosta... é muito legal.
Trabalhar em casa, organizar meus próprios horários. Pausa de descanso na minha caminha... me parece algo bom. E tem tanto que eu ainda quero aprender a fazer, e ainda outras coisas não ligadas ao artesanato, conto quando acontecer.  Isso tudo tem sido bom, tem despertado minha criatividade que eu pensei que nem existia!  E mais: Tô junto com minha mãe nessa. Então isso nos aproxima ainda mais, e nos empolga junto.

Desfrutar daquilo que se faz... sentir os momentos.
Aproveitar a vida e o que ela tem de bom. Lembrar constantemente o que é que a vida tem de bom.
Sentir, só sentir.
Aprender cada dia mais.
Ler.
Viver mais devagar, não ter pressa.
Viver o momento, cada momento, sem ficar sempre esperando o próximo, ou o futuro.

Dedicar-me a aprender a felicidade.


segunda-feira, 2 de maio de 2016

O perigo de fugir da realidade

Há muitos tipos de fuga da realidade. Há quem se drogue, embriage, há quem faça muitas compras pra esquecer da vida.

Eu realizo fugas quando não estou bem. Confesso que tenho um lado negro, e que ser feliz pra mim é um exercício e não acontece naturalmente. Aí as inutilidades que nos dias ruins me sugam ainda mais e eu perco a noção da vida:

* TV, facebook, instagram, filmes e séries

São coisas que me mostram vidas perfeitas. Aí eu me transporto pra isso e esqueço da minha vida. Esqueço que se eu estivesse agindo eu estaria conquistando coisas de verdade e não apenas passando o tempo de forma vazia. Até mesmo se estivesse lendo, ou vendo e ouvindo coisas positivas seria melhor que toda mentira e propaganda desses meios.

* Comer
É só isso mesmo. Como tudo aquilo pronto que não precisa de preparo, ou de lavar e descascar. Alimento-me mal, sinto necessidade de besteiras e me entupo de porcarias. Isso fez mais parte do passado. Até que tem tempo que não acontece. Que bom, menos um hábito ruim.

* Dormir

Bate um sono nestes dias sombrios, mas um sono tão forte, e eu simplesmente me entrego. E o sono me acolhe durante o dia, e me abandona durante a noite. É péssimo.

Fugir da realidade é muito perigoso. Principalmente porque costumam ser fugas que não fazem sentido ou não nos acrescenta em nada. Não aprendemos nada novo, e no fim estamos mais vazios que no início.

Nessa jornada de vida minimalista, simples e consciente, parece que eu vou me descobrindo cada dia mais. Antes eu não percebia as coisas que fazia, e como eram nocivas. Agora eu percebo, isso é bom... o primeiro passo pra mudança.

Pra me livrar disso pensei em algumas coisas., Uma delas é focar em fazer aquelas pequenas coisas que dão prazer. Lembrei da sessão Petit Plaisirs do blog Coisas Fúteis. Sessão linda, clica no link pra ver.
Essa sessão foi minha inspiração por um tempo, e agora eu vou favoritar pra reler. Porque eu preciso de avisos pra me lembrar que a vida vale por essas pequenas coisas gostosas que a vida nos dá. Isso sempre me lembra O fabuloso destino de Amelie Poulain. Se não viu esse filme, assista. Lindo! Uma pessoa com visão peculiar que vê os detalhes da vida. São coisas que iluminam meus dias sombrios, e eu preciso aprender a sempre iluminá-los.  Pensando nisso a cada coisa que me alegra e que pode ser fotografada, eu vou fotografar e colocar no Instagram no horário que eu estipulei pra entrar na internet(chega de horas perdidas!)

Tenho hoje a consciência que há coisas que alimentam minha mente... outras a destrói.  Ligar-se a TV ou redes sociais vazias é como desligar a mente e as inquietações. Mas as inquietações são maravilhosas. As inquietações depois de resolvidas nos levam a frente.

Quando a fibromialgia me deixa de cama, preciso de ocupações melhores, que me animem. Que tenham significado. Leitura significativa, escrita... até fazer uns detalhes de costura a mão nas minhas encomendas dá pra fazer. Colocar uma musiquinha boa baixa e ver a letra. Ficar abraçada com o marido. Chamar quem eu amo pra vir aqui ficar comigo.  Levantar e fazer tudo aquilo que puder.

Preciso olhar pra dentro. Sempre é preciso olhar pra dentro. Buscar evolução intelectual, emocional, espiritual... sempre é preciso.

Vocês estão embarcando nessa jornada comigo... em busca de coisas melhores e maiores. E eu tô aqui pra contar como tem sido... meus fracassos e sucessos. Sem máscaras, sem mentiras.

Obrigada a quem acompanhar isso tudo e torcer por mim.