Esse ano foi um ano de preparação... é o que sinto.
Eu não conto o tempo com recomeços e finais indo de janeiro a dezembro. Mas como inícios de ano geralmente significam férias é sim um bom momento para um recomeço, pois é quando tenho tempo para as coisas que gosto ou quero fazer.
Tudo indica que ano que vem haverá uma mudança na minha vida. Algo que eu conquistei. Mas não significa tanto para mim. Pois a mudança que eu quero é feita de dentro para fora.
Esse ano dediquei tempo a mim. A me observar, me cuidar, me entender. A curar feridas, entender comportamentos. Esse ano comecei a cuidar do corpo e da mente, e inocentemente acreditei que bastariam uns meses para ver transformação. Mas quando você passa anos e anos se destruindo não é tão rápido se consertar. Quando você passa anos se odiando não é tão fácil se amar. Quando você passa anos se escondendo não é fácil se revelar.
Esse texto é uma exposição desnecessária... é sim. E foi essa exposição que evitei por mais de um ano quando sumi daqui. Tem gente má no mundo. Para algumas pessoas sua dor é entretenimento, suas tentativas julgadas e suas conquistas menosprezadas. Porém eu sei que há outras como eu por aí... talvez alguém do outro lado dessa tela esteja tentando juntar seus caquinhos. E eu quero dizer... o caminho é longo, mas quando você começa a caminhar nele há um vislumbre de uma vida melhor. Aliás, a vida começa a ser melhor.
A vida é o caminho, não há chegada.
A vida é movimento.
Quantas vezes me peguei pensando “Quando a minha vida vai começar?” ... que bobeira, a vida já está acontecendo, passando e eu nem tô vendo. Isso aqui é a vida. Preparar-me também é viver, mas não viver plenamente. Então não podemos nos permitir sempre “começar amanhã” ou “semana que vem” ou “ano que vem porque esse aqui já tá estragado mesmo”.
Vive agora. Não falo de se esforçar (talvez precise descansar). Falo de viver. De estar presente no momento agora, se sentir a vida, de amar as pessoas, de amar a si mesmo.
“É simples ser feliz, difícil é ser tão simples.”