terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Autopreservação - Nas relações sociais

Evitar falar demais
Sempre fui o tipo de pessoa que se envergonha no silêncio. Eu me sinto constrangida e acho que preciso começar um contato com quem está comigo.  Quero parar com isso. Eu dou risada sem graça quando alguém me maltrata. Eu puxo assunto com aqueles que não gostam de mim e me tratam mal, pra tentar "quebrar o gelo". E caramba! Isso desgasta demais!
Além disso eu costumo justificar minhas ações. Explicar o porquê de fazer ou não fazer determinadas coisas. E isso parece fazer apenas que as pessoas me desrespeitem. Desgaste! Apenas desgaste mental!
Chega!

Quanto menos você fala mais suas palavras tem valor.


Reconhecer guerras perdidas
Existe um sistema.  E você sozinho não muda o sistema. Percebi que muito do que me estressava e magoava e aquilo que tomava conta da minha mente eram problemas sem solução.  Então aprendi outra coisa:  Você pode sair em certa medida do sistema que não te agrada.  Você pode estar no meio dele, mas ir alinhando suas ações para que você viva de acordo com seus princípios.  E quando muito difícil de fazer isso, tentar sair dali. E se impossível sair, proteger sua mente e evitar ouvir demais e se envolver demais. Sempre impor seus limites.

Não falar de si
As pessoas no geral são fofoqueiras.  Eles tem prazer em saber da vida alheia. E muitos querem conhecer nossas fraquezas. E quando você fala de si mesmo você expõe seu mundo. Nem todo mundo merece entrar no seu mundo. Só deixe entrar quem for de confiança total, aqueles verdadeiros amigos. Você não precisa falar da sua vida para seus colegas de trabalho, conhecidos, vizinhos. Proteja-se.

Você é dono do que cala e escravo do que diz.

Fugir das fofocas e de conversas negativas
Ao menor sinal de fofoca corte a conversa.  Eu já ouvi muito com vergonha de cortar a pessoa e parecer grosseira, mas peraí... Quem deve se envergonhar é o fofoqueiro e não você que não quer ouvir.
Outras pessoas só querem reclamar de tudo. Isso suga suas energias. Afaste-se.

Fale de ideias e não de pessoas
Não fale de ninguém. Você nunca conhece todos os fatos. Então fale de ideias. É o que pessoas bem sucedidas fazem. Não perdem tempo falando dos outros. Use seu tempo para o seu crescimento pessoal, não para destruir ninguém. Aliás, você pode sim falar de pessoas, quando tiver coisas boas a dizer.
Ah... às vezes você pode querer desabafar. Mas não fique muito tempo concentrado nas coisas negativas. Por exemplo, quando algo ruim acontece no trabalho eu acabo falando muito disso em casa. Meu objetivo agora é mudar o foco. Se eu precisar eu vou falar um pouco, desabafar com o coitado do marido, mas só se for muito necessário. A primeira tentativa será mudar o foco. E se eu falar me impor um limite. "Falei, pronto. Agora vida que segue! Vamos dançar!"

Não busque reconhecimento dos outros
Esse é importante.  São raríssimas as pessoas que reconhecem o esforço alheio, o bom trabalho, a gentileza... Faça o bem sem buscar reconhecimento. Deixe entre você e Deus e sinta satisfação pelo ato em si, a pessoa reconhecendo ou não.
Principalmente no trabalho. Faça o seu. E faça bem feito. Não pegue mil coisas pra fazer só pra agradar os outros. Faça o seu bem feito. Talvez ninguém reconheça, porque no geral as pessoas só reconhecem quando você faz o trabalho delas e não o seu.  Mas não se desgaste pra agradar.  No fim elas nem vão reconhecer você fazer o trabalho delas também.

Só dê conselhos a quem pedir
As pessoas não querem mudar. Mas elas querem se lamentar. E se a pessoa estiver mal e você puder dar seus ouvidos, dê apenas isso.  As pessoas até se ofendem com conselhos.  Principalmente pessoas depressivas, elas encaram como se fossem incapazes de fazer até a mais simples coisa. Então não adianta.
Eu sei que dá um desespero.  Mas antes de dar um conselho tente perceber se a pessoa quer ouvir.  Veja se ela vai te pedir.

Essas coisas acima são as que eu estou decidida a aplicar na minha vida. Diariamente tenho notado se estou ou não fazendo isso.

2 comentários:

  1. Lendo sobre fofoca lembrei de um antigo colega de trabalho que tinha pavor de fofoca. Ele era bem mais velho, estava quase se aposentando. O nome dele era Ângelo, nunca esqueço. Nosso grupo saía para almoçar uma vez por semana, e quando as pessoas começavam a fofocar ele sempre dizia "se o assunto agora é fofoca eu vou me levantar da mesa". E todo mundo sempre parava com as fofocas, porque não queriam que ele se afastasse - era uma pessoa muito querida. Para mim foi excelente ter esse exemplo tão cedo na vida laboral (conheci o Ângelo no meu segundo emprego).

    Muito bacana o seu texto. Tenho as minhas dúvidas se é tão importante assim evitar falar de si mesmo? Eu raramente falo de mim, admito que sou bem fechada. Mas fica complicado fazer amigos se não nos abrimos, né verdade? Estou aos poucos tentando mudar isso.

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    1. É, fofoca é algo que você acaba ouvindo sem querer. E sobre falar de si, lá no texto eu disse que você deve saber a quem se abrir. Eu conheço uma pessoa que vai te envolvendo de tal forma que quando você vê já contou toda sua vida. Ela faz perguntas, e às vezes eu fico com vergonha de dizer que não quero falar sobre isso. O que acontece é que depois que ela sabe tudo de você, ela usa isso. Fala na frente dos outros, te expões nos piores momentos possíveis, e ainda faz parecer que está te ajudando. Então é preciso muito cuidado. Mas claro, como tudo na vida, o segredo é o equilíbrio.

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