quinta-feira, 20 de julho de 2017

Autoavaliação em busca do desenvolvimento pessoal

Todos os dias, precisando ou não me levanto cedo. Nem sempre para um tempo tão bem utilizado em relação a produtividade. É só que uma inquietação toma conta de mim. Os muitos pensamentos não me deixam dormir.  Aí me levanto, sempre na promessa de fazer algo diferente com meu tempo, mas quando vejo já estou curtindo fotos no Instagram, adicionando livros a lista dos que quero comprar e ler.  Assisto muitas palestras.  Tudo isso com a consciência plena que nada disso pode me ajudar enquanto estou na inércia, e deixando de fazer coisas necessárias como lavar a louça, ou outras mais produtivas como ler e estudar mais, escrever mais...e tantas outras.

Em busca do essencial, Henry Thoreau viveu dois anos nos bosques com quase nada além de poucos livros(não lembro quantos ou se era um), quase nada de dinheiro, longe de pessoas e da sociedade da forma como é aceita.  Para encontrar a essência do próprio ser se afastou dos ruídos... dos ruídos da sociedade. Aquela que te diz como viver, como se vestir, e dita até mesmo uma forma aceitável de pensar.  Aceitava a presença daqueles que passavam... mas estava longe da sociedade.  Não ficou lá pra sempre... só tempo suficiente para tirar conclusões e solidificar algumas outras teorias. Daí voltou, escreveu Walden, e viveu sua vida com aquilo que aprendeu. Sem se moldar aos que dizem saber o que é certo.

Hoje, há o excesso de informação em forma de distração, nos manter distraídos é nos manter alienados, porque quase sempre refletem o modo de ver da sociedade e incentivam o consumo.  Vivemos imersos na era da informação rápida. Acho que isso contribui para as pessoas ansiosas(eu faço parte desse grupo), para a diminuição de leitores já que a sociedade desaprendeu fazer o que leva tempo, a geração fast-food veio pra ficar.  Confesso que eu tenho me mantido distraída.  É que desde que perdi alguém importante na minha vida, meus pensamentos tem sido muito aflitivos, e aí eu me distraio para não enfrentar esses sentimentos.

Nos mantemos distraídos, alienados, porque queremos fugir de nós.  Queremos não pensar, pois nossos pensamentos talvez não estejam tão felizes assim. Enchemos a vida de ruídos para não ouvir nossa mente.  Claro, isso só atrapalha nosso desenvolvimento pessoal.  Enquanto olhar pra fora e não pra dentro, não vamos nos encontrar. Precisamos nos autoavaliar. Disso eu posso falar com convicção. Não frequento psicólogo embora eu saiba que é muito importante, infelizmente minha condição financeira e de tempo vem mudando muito no últimos dois anos.  Mas eu aprendi a estar constantemente me autoavaliando. Isso foi o minimalismo que me trouxe... uma vida mais consciente em muitos sentidos.

Pense sempre em porque você está fazendo o que faz, porque compra o que compra, porque usa seu tempo com determinada coisa. Pense sobre suas ideias e sentimentos, entenda como influenciam seu modo de agir. Você se sabota? Entenda os motivos. Faz alguma coisa que não quer fazer mais? Encontre o gatilho que leva a esse comportamento.

Então não vou mais me distrair. Vou enfrentar meus monstros. Porque só assim podemos fazer algo por mim.

Parar de viver passivamente, meus amigos, não é fácil.


2 comentários:

  1. Seus posts sempre me fazem refletir muito, apesar de eu não comentar tanto... rsrsrs Bom, eu criei uma rotina matinal pra mim, com distração, mas distração focada. Assisto a vídeos no Youtube sobre o tema que me interessar na atual fase da vida (nessa fase, aliás, é sobre minimalismo e consumo consciente) e vou planejando meu dia. Muitas vezes tentamos fugir de nós mesmas, só pra dar de cara conosco numa esquina qualquer da vida e nos aterrorizarmos com esse encontro... No fundo, sabemos que não poderemos fugir a vida inteira. Nem todo mundo pode pagar acompanhamento psicológico, mas há muito material gratuito por aí, e espero do fundo do meu coração que você encontre as respostas para suas angústias... E se precisar, pode contar comigo!
    Beijos!

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    1. Obrigada por esse comentário tão carinhoso. É verdade que não podemos fugir a vida toda... mas há quem simplesmente volte a fugir depois de se deparar com
      O monstro no espelho. Eu já vi isso acontecer. Tenho encontrado respostas ... mas a cada dia surgem novas questões, aí recomeço tudo de novo. Espero que vc também alcance seus objetivos na vida. Até breve! Beijos!

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