Sou uma mulher de fases. Para mim isso é bem desagradável, pois creio que todas as pessoas sejam de fases, mas eu sou uma pessoa que fica obcecada por uma coisa por vez. E na vida creio que tudo é equilíbrio.
Passei por muitas fases. Por toda minha vida tentei emagrecer.
Ano passado percebi que era muito importante resolver isso, e que se era importante eu devia levar a sério e parar com a inconstância dos dois pensamentos "ah, mas eu não me sinto bem e preciso emagrecer" seguido de uma vontade louca de comer o que não devo e pensar "tenho que me aceitar como sou e ser feliz"... seguido de tristeza novamente.
Consegui mudar certos hábitos e emagrecer 6 kg. E não estou satisfeita ainda, mas me sinto melhor.
Eu trabalhei muito a questão da aceitação. Porque sou o tipo de pessoa que se olha no espelho e vê tantos defeitos que não dá pra enumerar. Cogitei milhares de intervenções.
Depois passei por um período de grande busca espiritual, e cuidar do meu interior, dos meus aprendizados e achar que tudo era futilidade. E descuidei demais, pensando que cuidar só do interior bastava.
Houve uma época que encontrei equilíbrio. Mas durou pouco.
Acho que já falei de pesos dos quais me livrei em relação a vaidade:
- Pinto as unhas quando quero
- Voltei ao cabelo natural para facilitar a vida
- Aprendi a sair na rua sem maquiagem
- Não uso mais salto alto
- Não uso chapinha no cabelo.(só uso em ocasiões especiais)
Eu estava voltando a me prender a essas coisas que eu já havia me livrado.
Nunca me livrei do uso do batom, me sinto horrível sem - essa semana vou tentar ir trabalhar sem. Não quero que absolutamente nada seja uma obrigação pra mim. (Desafio pessoal)
Quero uma vida leve, tranquilidade, me livrar de qualquer peso desnecessário, mesmo os que eu mesma me imponho. Definitivamente minha aparência não deve ser a coisa mais importante a meu respeito e sim quem eu sou, minhas atitudes e meu conhecimento, é nisso que eu devo trabalhar com mais afinco.
Eu voltei ao rumo, escrevi sobre as coisas realmente importantes pra mim reduzindo minhas preocupações estéticas a apenas 3 coisas:
- Usar um shampoo de qualidade e cuidar vez ou outra do cabelo pra que fique naturalmente bonito
- Tratar da pele e aceitar imperfeições sem precisar cobrir
- Cuidar do meu peso que é algo que me afeta demais.
O exercício é questão de saúde mais que de estética, é tornar meu corpo funcional.
Também pensei no meu estilo e fui refazendo uma lista das coisas que eu gosto, mas esse será assunto para o próximo post.
Ter menos para ser mais - minimalismo, organização, felicidade, essencialismo, vida saudável
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terça-feira, 10 de março de 2020
quarta-feira, 30 de outubro de 2019
Sobre decidir mudar e pessoas especiais...
Gostaria de agradecer aqui por vocês, que por meio de e-mail e comentários me ajudaram muito.
Eu queria desistir de mim... desistir de me melhorar, de mudar, de ser feliz... como se tais coisas não fossem pra mim. Ninguém viu meu fundo do poço. Tava apenas dentro de mim. É tão difícil achar quem converse de verdade nos dias de hoje. Passei a observar as pessoas que me cercam no trabalho e na vida. As pessoas não querem ouvir, querem falar apenas. Elas te olham quando você fala, mas não estão tentando te entender... só esperando a hora delas de falar de novo. E me sinto meio que rodeada de pessoas assim a maior parte do tempo. Por isso preciso ver mais meus amigos e lutar contra a tendência de isolamento, e acho que por isso tenho um blog também. Aqui lê quem quer e quem se identifica. É incrível como aqui criei conexões reais.
***
Primeiro vou dizer o que me ajudou nas palavras de vocês.
Dri,
Aquele e-mail gigante onde você compartilhou comigo um pouco da sua história me fez me sentir especial. Às vezes eu sinto como se fosse a única fracassada nesse planeta. Mas aí vejo que pessoas que eu admiro tem essa mesma sensação... e que talvez esse meu sentimento esteja me enganando um pouco. E graças a seu e-mail eu pensei muito, pensei nas minhas conquistas passadas. E pensei que eu tenho levantado mais forte, embora eu anseie por conseguir manter uma consistência na minha vida. Te escrever sobre minha vida também me fez refletir muito sobre minhas escolhas, e obrigada por me permitir fazer isso. E a frase que você citou no final me fez pensar bastante: "a melhor maneira de se sentir melhor consigo mesmo é fazer algo digno de seu próprio respeito: mantenha uma resolução difícil, enfrente um desafio, resolva um problema, aprenda uma habilidade, risque algo desagradável da sua lista de tarefas".
Eu precisava disso, ser digna do meu próprio respeito. Fazer qualquer coisa para não me sentir um fracasso. Realizar. Isso e as dicas de como alcançar as metas me ajudaram tanto.
Tainan, no seu blog eu li um post que eu amei, e no comentário dei uma desabafada básica... Aí na sua resposta você disse "mas lidar com as coisas práticas e modificáveis da vida renova nossa sensação de propósito e firmeza." E isso foi de acordo com o que a Dri havia falado. Eu precisava fazer qualquer coisa, resolver qualquer coisa. Obrigada pela força no comentário aqui também.
Eu não vim logo escrever aqui porque queria acumular pequenas vitórias. Então... eu pensei muito em tudo e decidi que já passou da hora de eu começar a viver e parar de dar desculpas. Pensei em como eu dou desculpas e não dou prosseguimento nas coisas. Se dói eu paro, se incomoda eu desisto, se acontece qualquer coisa eu uso como desculpa.
"Estou com dor de cabeça, não dá pra estudar
Estou menstruada, não dá pra me exercitar
Estou cansada, deixa pra ler isso depois
Ah, hoje tem refrigerante, eu vou beber depois é só não comprar mais
Eu queria desistir de mim... desistir de me melhorar, de mudar, de ser feliz... como se tais coisas não fossem pra mim. Ninguém viu meu fundo do poço. Tava apenas dentro de mim. É tão difícil achar quem converse de verdade nos dias de hoje. Passei a observar as pessoas que me cercam no trabalho e na vida. As pessoas não querem ouvir, querem falar apenas. Elas te olham quando você fala, mas não estão tentando te entender... só esperando a hora delas de falar de novo. E me sinto meio que rodeada de pessoas assim a maior parte do tempo. Por isso preciso ver mais meus amigos e lutar contra a tendência de isolamento, e acho que por isso tenho um blog também. Aqui lê quem quer e quem se identifica. É incrível como aqui criei conexões reais.
***
Primeiro vou dizer o que me ajudou nas palavras de vocês.
Dri,
Aquele e-mail gigante onde você compartilhou comigo um pouco da sua história me fez me sentir especial. Às vezes eu sinto como se fosse a única fracassada nesse planeta. Mas aí vejo que pessoas que eu admiro tem essa mesma sensação... e que talvez esse meu sentimento esteja me enganando um pouco. E graças a seu e-mail eu pensei muito, pensei nas minhas conquistas passadas. E pensei que eu tenho levantado mais forte, embora eu anseie por conseguir manter uma consistência na minha vida. Te escrever sobre minha vida também me fez refletir muito sobre minhas escolhas, e obrigada por me permitir fazer isso. E a frase que você citou no final me fez pensar bastante: "a melhor maneira de se sentir melhor consigo mesmo é fazer algo digno de seu próprio respeito: mantenha uma resolução difícil, enfrente um desafio, resolva um problema, aprenda uma habilidade, risque algo desagradável da sua lista de tarefas".
Eu precisava disso, ser digna do meu próprio respeito. Fazer qualquer coisa para não me sentir um fracasso. Realizar. Isso e as dicas de como alcançar as metas me ajudaram tanto.
Tainan, no seu blog eu li um post que eu amei, e no comentário dei uma desabafada básica... Aí na sua resposta você disse "mas lidar com as coisas práticas e modificáveis da vida renova nossa sensação de propósito e firmeza." E isso foi de acordo com o que a Dri havia falado. Eu precisava fazer qualquer coisa, resolver qualquer coisa. Obrigada pela força no comentário aqui também.
Eu não vim logo escrever aqui porque queria acumular pequenas vitórias. Então... eu pensei muito em tudo e decidi que já passou da hora de eu começar a viver e parar de dar desculpas. Pensei em como eu dou desculpas e não dou prosseguimento nas coisas. Se dói eu paro, se incomoda eu desisto, se acontece qualquer coisa eu uso como desculpa.
"Estou com dor de cabeça, não dá pra estudar
Estou menstruada, não dá pra me exercitar
Estou cansada, deixa pra ler isso depois
Ah, hoje tem refrigerante, eu vou beber depois é só não comprar mais
Já que eu comi esse churrasco, só hoje vou abusar na sobremesa, amanhã a volto a controlar a alimentação
Hoje eu me irritei, eu mereço comer uma besteira
Ainda estou dolorida, vou esperar passar antes de me exercitar de novo
Hoje não tenho vontade de ficar na fila, depois resolvo isso"
Decidi parar de dar desculpas.
Mas o primeiro que eu fiz riscar coisas da lista de tarefas... fui ao banco resolver problemas na minha conta(mais de um ano procrastinando!) e habilitar o aplicativo, fiz faxina, replantei e adubei todas as minhas plantas. Depois de fazer essas coisas pensei na minha alimentação, exercícios e uso do tempo. Em pouco mais que duas semanas meu condicionamento físico deu uma melhorada, estou fazendo exercício em casa quase todos os dias e parei de dar desculpas, meu estado só determina se faço menos ou mais. Troquei o banho de água fervente por banho gelado e ajuda bem mais do que eu imaginava. Como um doce vez ou outra, mas não todos os dias, e faço de forma controlada. Estou conseguindo manter o foco.
Muitas vezes pensei "vou emagrecer", logo depois eu desisto e digo que tenho que me aceitar como sou, mas continuo insatisfeita, e eu quero perder de 5 a 7 quilos, não é tanto, não sei porque nunca me dedico a isso... quero sempre o conforto de fazer o que meus impulsos pedem.
Estou lendo e estudando mais.
E me inscrevi pra um concurso em outra cidade... mesmo que não dê em nada, estou me dando a chance.
Obrigada por tudo quem está por aí...
Decidir mudar e parar de dar desculpas pode mudar minha vida. Confesso que tenho medo de perder o foco e voltar a estaca zero... espero que se eu perder o foco seja rápido o suficiente pra retomar sem perder o esforço já feito. Mas eu não desisti... ainda estou aqui. Ainda estou na luta. E sinto que algo em mim mudou.
sábado, 9 de dezembro de 2017
Desculpe o transtorno... estou em reforma para melhor ME atender
Depois de 29 anos de vida, anos em que eu apenas sonhei. Anos que eu me senti presa a qualquer coisa que eu nem sei o que é. Sentindo-me mal por ser quem sou. Tentando ser invisível. Sentindo-me idiota a cada palavra dita, inútil em inúmeras ocasiões, sentindo que minha vida sempre seguia um fluxo que me levava onde eu não queria ir. Apenas fazendo o necessário e me escondendo o resto do tempo. Aceitando a mediocridade. Aceitando o que os outros escolhessem. Não tendo preferências por não ter experiências. Não tendo especialidades... sabendo um pouco de muito, e muito de nada. Depois de todos esses anos... de tantas quedas, de tantas dores. Dois anos em que a vida me torturou, e eu me torturei, tendo como ápice a perda do meu pai e um luto sem fim. Depois de tudo isso, enfim, entendi algumas coisas. Aliás, entendi que não posso entender tudo. Que não posso continuar levando as coisas tão a sério, e focando na parte negativa da vida. Que não posso deixar simplesmente que meu desejo de ficar na cama vença tantas vezes.
Queria ter vivido assim desde sempre, mas agora já é um começo. É um despertar.
Não vejo mais motivos para me esconder, ser invisível. Também não vejo porque me mostrar. Apenas ser.
Não quero mais falar só por falar... por obrigação. Vou agir como quiser agir, e silenciar quando for preciso. Ser gentil, claro... sendo eu mesma, sem forçar e sabendo observar a reciprocidade, sem me prender a ela.
Conhecer o melhor de mim:
Eu percebi algo na minha voz, no meu corpo e na minha fluência em outro idioma. Quando eu era adolescente eu cantava muito. Não cantava bem... rsrs... só que eu conhecia o que a minha voz fazia. Eu dançava também... e conseguia fazer muito mais que hoje. Perdi a capacidade física. Eu era fluente em inglês, e hoje embora eu reconheça uma boa pronúncia eu não consigo ter... perdi a capacidade. Não conheço mais meu corpo, perdi a consciência corporal. Agora eu quero saber até onde eu posso ir. Ser a melhor versão de mim em todos os âmbitos da minha vida. Saber aquilo que meu corpo e minha mente são capazes de fazer. Errar é melhor que não tentar.
Até a morte estarei lutando, caindo e levantando. Dando o que posso dar. E sabendo que meu limite é um pouco maior do que eu imagino. Aliás, antes de desistir, sempre tentar. Fazer o que é possível, não ficar reclamando.
Tenho muitas coisas a aperfeiçoar... mas só aos poucos eu vou falando. Pra quê colocar uma lista de coisas não feitas, né não? Prefiro colocar as conquistas.
*******
Até a morte estarei lutando, caindo e levantando. Dando o que posso dar. E sabendo que meu limite é um pouco maior do que eu imagino. Aliás, antes de desistir, sempre tentar. Fazer o que é possível, não ficar reclamando.
Tenho muitas coisas a aperfeiçoar... mas só aos poucos eu vou falando. Pra quê colocar uma lista de coisas não feitas, né não? Prefiro colocar as conquistas.
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Ontem o dia foi bom. Não liguei o computador, tv ou internet até mais ou menos 20h. Li muito. Fiz muitas coisas. O dia foi bom.
Hoje me senti mal. Hoje tive impulsos e me alimentei mal. Hoje fui inútil, liguei internet e deitei... não saí do quarto a tarde toda. Apenas deixei a casa e a louça limpa. Estou com dor de cabeça. Agora vim aqui terminar esse post. Não tem problema. Amanhã eu me levanto... aliás, acabei de me levantar vindo aqui. Estou mal... sem culpa por hoje. Vou fazer o que está ao meu alcance. Já é o suficiente. Já é o bastante.
Menos culpa... mais satisfação.
Hoje me senti mal. Hoje tive impulsos e me alimentei mal. Hoje fui inútil, liguei internet e deitei... não saí do quarto a tarde toda. Apenas deixei a casa e a louça limpa. Estou com dor de cabeça. Agora vim aqui terminar esse post. Não tem problema. Amanhã eu me levanto... aliás, acabei de me levantar vindo aqui. Estou mal... sem culpa por hoje. Vou fazer o que está ao meu alcance. Já é o suficiente. Já é o bastante.
Menos culpa... mais satisfação.
quinta-feira, 20 de julho de 2017
Autoavaliação em busca do desenvolvimento pessoal
Todos os dias, precisando ou não me levanto cedo. Nem sempre para um tempo tão bem utilizado em relação a produtividade. É só que uma inquietação toma conta de mim. Os muitos pensamentos não me deixam dormir. Aí me levanto, sempre na promessa de fazer algo diferente com meu tempo, mas quando vejo já estou curtindo fotos no Instagram, adicionando livros a lista dos que quero comprar e ler. Assisto muitas palestras. Tudo isso com a consciência plena que nada disso pode me ajudar enquanto estou na inércia, e deixando de fazer coisas necessárias como lavar a louça, ou outras mais produtivas como ler e estudar mais, escrever mais...e tantas outras.
Em busca do essencial, Henry Thoreau viveu dois anos nos bosques com quase nada além de poucos livros(não lembro quantos ou se era um), quase nada de dinheiro, longe de pessoas e da sociedade da forma como é aceita. Para encontrar a essência do próprio ser se afastou dos ruídos... dos ruídos da sociedade. Aquela que te diz como viver, como se vestir, e dita até mesmo uma forma aceitável de pensar. Aceitava a presença daqueles que passavam... mas estava longe da sociedade. Não ficou lá pra sempre... só tempo suficiente para tirar conclusões e solidificar algumas outras teorias. Daí voltou, escreveu Walden, e viveu sua vida com aquilo que aprendeu. Sem se moldar aos que dizem saber o que é certo.
Hoje, há o excesso de informação em forma de distração, nos manter distraídos é nos manter alienados, porque quase sempre refletem o modo de ver da sociedade e incentivam o consumo. Vivemos imersos na era da informação rápida. Acho que isso contribui para as pessoas ansiosas(eu faço parte desse grupo), para a diminuição de leitores já que a sociedade desaprendeu fazer o que leva tempo, a geração fast-food veio pra ficar. Confesso que eu tenho me mantido distraída. É que desde que perdi alguém importante na minha vida, meus pensamentos tem sido muito aflitivos, e aí eu me distraio para não enfrentar esses sentimentos.
Nos mantemos distraídos, alienados, porque queremos fugir de nós. Queremos não pensar, pois nossos pensamentos talvez não estejam tão felizes assim. Enchemos a vida de ruídos para não ouvir nossa mente. Claro, isso só atrapalha nosso desenvolvimento pessoal. Enquanto olhar pra fora e não pra dentro, não vamos nos encontrar. Precisamos nos autoavaliar. Disso eu posso falar com convicção. Não frequento psicólogo embora eu saiba que é muito importante, infelizmente minha condição financeira e de tempo vem mudando muito no últimos dois anos. Mas eu aprendi a estar constantemente me autoavaliando. Isso foi o minimalismo que me trouxe... uma vida mais consciente em muitos sentidos.
Pense sempre em porque você está fazendo o que faz, porque compra o que compra, porque usa seu tempo com determinada coisa. Pense sobre suas ideias e sentimentos, entenda como influenciam seu modo de agir. Você se sabota? Entenda os motivos. Faz alguma coisa que não quer fazer mais? Encontre o gatilho que leva a esse comportamento.
Então não vou mais me distrair. Vou enfrentar meus monstros. Porque só assim podemos fazer algo por mim.
Parar de viver passivamente, meus amigos, não é fácil.
Em busca do essencial, Henry Thoreau viveu dois anos nos bosques com quase nada além de poucos livros(não lembro quantos ou se era um), quase nada de dinheiro, longe de pessoas e da sociedade da forma como é aceita. Para encontrar a essência do próprio ser se afastou dos ruídos... dos ruídos da sociedade. Aquela que te diz como viver, como se vestir, e dita até mesmo uma forma aceitável de pensar. Aceitava a presença daqueles que passavam... mas estava longe da sociedade. Não ficou lá pra sempre... só tempo suficiente para tirar conclusões e solidificar algumas outras teorias. Daí voltou, escreveu Walden, e viveu sua vida com aquilo que aprendeu. Sem se moldar aos que dizem saber o que é certo.
Hoje, há o excesso de informação em forma de distração, nos manter distraídos é nos manter alienados, porque quase sempre refletem o modo de ver da sociedade e incentivam o consumo. Vivemos imersos na era da informação rápida. Acho que isso contribui para as pessoas ansiosas(eu faço parte desse grupo), para a diminuição de leitores já que a sociedade desaprendeu fazer o que leva tempo, a geração fast-food veio pra ficar. Confesso que eu tenho me mantido distraída. É que desde que perdi alguém importante na minha vida, meus pensamentos tem sido muito aflitivos, e aí eu me distraio para não enfrentar esses sentimentos.
Nos mantemos distraídos, alienados, porque queremos fugir de nós. Queremos não pensar, pois nossos pensamentos talvez não estejam tão felizes assim. Enchemos a vida de ruídos para não ouvir nossa mente. Claro, isso só atrapalha nosso desenvolvimento pessoal. Enquanto olhar pra fora e não pra dentro, não vamos nos encontrar. Precisamos nos autoavaliar. Disso eu posso falar com convicção. Não frequento psicólogo embora eu saiba que é muito importante, infelizmente minha condição financeira e de tempo vem mudando muito no últimos dois anos. Mas eu aprendi a estar constantemente me autoavaliando. Isso foi o minimalismo que me trouxe... uma vida mais consciente em muitos sentidos.
Pense sempre em porque você está fazendo o que faz, porque compra o que compra, porque usa seu tempo com determinada coisa. Pense sobre suas ideias e sentimentos, entenda como influenciam seu modo de agir. Você se sabota? Entenda os motivos. Faz alguma coisa que não quer fazer mais? Encontre o gatilho que leva a esse comportamento.
Então não vou mais me distrair. Vou enfrentar meus monstros. Porque só assim podemos fazer algo por mim.
Parar de viver passivamente, meus amigos, não é fácil.
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
Problemas se tornando insignificantes(Não se importe com quem não tem importância)
Eu sofri muito, muito mesmo, por causa de alguns
vizinhos. Quando falamos de problemas na
vizinhança acho que coisas bem banais vem a mente de todos. Mas não é o meu caso. Meus vizinhos me torturam psicologicamente,
tentando fazer com que eu me sinta indigna, falando frases muito maldosas e
humilhantes. Isso rendeu muitos
textos. Até que alguns eram
legais. Foi muito sofrido e eu acho que
cheguei a ter ataques de pânico, me trancava completamente em casa sem
conseguir sair com medo de encontrar tanto eles, quanto as pessoas para quem
eles falavam mentiras horríveis sobre mim e minha família.
Eu não entendia
a maldade gratuita, ficava
sofrendo muito tentando entender.
Perguntei a mulher que começou isso tudo, mas ela veio falar mentiras de
mim para mim! Bom, não dá pra me convencer que eu fiz coisas que eu não fiz,
né? Então as coisas ficaram piores.
Chegando ao ponto de agressão.
Nunca revidamos, não respondemos, meu marido assim como eu é pacífico e
pacificador. E por cinco anos eu
sofri. A primeira vez que eu não me
incomodei com os gritos e ofensas diárias foi quando meu irmão fez uma cirurgia
mal sucedida e ficou com o rosto paralisado. Lembro de chegar em casa várias
vezes durante os meses da recuperação dele e ao entrar em casa começavam os
gritos e ofensas. Eu não me importei,
porque eu tinha algo maior a me importar, o meu irmão de 11 anos com metade do
rosto paralisado, a tristeza da minha mãe por ter optado pela cirurgia que
supostamente corrigiria a audição dele, mas não foi assim. Eu tinha mais no que
pensar. Os gritos dela foram apenas ruídos incômodos. É o que são hoje, ruídos incômodos, como um
rádio alto fora de sintonia. Incomoda,
mas não tem significado nenhum. E quando
deixa de fazer sentido o mal que te fazem, ele já não faz mal.
Quando você aprende a olhar para aquilo e aqueles que
importam, não há nada assustador em suportar pessoas ruins a sua volta, desde
que não estejam dentro da sua casa. O que vem de fora da sua vida não precisa
te afetar. Você não pode mudar o que
fazem com você, como as pessoas agem e o que sentem em relação a você e aos
seus ideais. Mas você pode sim mudar
aquilo que você sente. O tempo te deixa
mais forte. Problemas mais graves te
deixam mais forte também, como disse minha amiga “eu venci um dragão, não é um
mosquito que vai me matar”. Cada um tem
seus problemas a suportar, mas se tem uma coisa que a idade dá pra gente é
força, força emocional, mental e espiritual se você se concentrar nisso. Se você não apenas se deixar levar pelos
problemas, mas pensar sobre eles. E se
eu pensar bem, a maldade que tentam fazer comigo só vai funcionar e só vai ser
meu problema se eu a aceitar. Mas eu não
a aceito! Não mais! Até onde eu sei, a podridão dos pensamentos deles e a
ruindade das suas atitudes são problemas deles, não meus. Espero que eles superem esses problemas algum
dia e possam ser felizes, mas eles não vão, mas não vão mesmo, tirar a paz que
eu quero pra mim.
Não deixe, não permita que ninguém se infiltre na
sua mente, nos seus pensamentos, afetem suas emoções negativamente. Deixe com eles o que eles tem de ruim. Não
perca sua doçura por causa dos outros.
Não deixe a sujeira dos outros entrar em você, você pode ser melhor que
isso. E depois que você superar, vai
ficar bem mais forte, acredite. Toda dor que você suportar fará você mais
forte.
Sofra quando preciso, mas aprenda a blindar o seu
coração, só deixe entrar aquilo for bom, você controla a porta.
domingo, 22 de janeiro de 2017
Importantes pra uns, futilidade pra outros(Sobre manicure)
Venho escrever esse texto devido a uma situação.
Conversando com um grupo de mulheres, eu causei um espanto geral ao afirmar que
só paguei pra que fizessem minha unha duas vezes na vida. Na minha formatura e
no meu casamento. Elas realmente ficaram
muito assustadas com essa informação. E
meu espanto não foi pelo fato de que eu era a única que em nenhum momento da
vida frequentei manicure, e sim, me assustou um pouquinho como essa notícia
pareceu tão absurda para minhas ouvintes.
Quando eu disse que “para mim” era um desperdício de dinheiro, tentando
justificar o horrível caso da mulher que faz suas próprias unhas, o susto foi
maior.
Engraçado que eu não sabia que era assim tão comum ter
que pagar pra fazer as unhas. Minha mãe
sempre fez a unha em casa, aliás, minha mãe até cortava meu cabelo. Acho que fui umas 5 vezes ao cabeleireiro durante toda a minha
vida. Então para mim é algo normal. Mas
as mulheres acham bem absurdo isso.
Eu nem sei quanto está fazer as unhas agora, mas digamos
que seja uns 20 reais para fazer pé e mão, aqui onde moro. A maioria faz uma vez por semana, o que dá 80
reais no mês, 960 reais ao ano! Acho que é possível que qualquer pessoa aprenda
a fazer isso em casa, com um mínimo de coordenação motora e uns trocados de
material que vai durar por pelo menos um ano.
O mesmo funciona pra cabelo. Um bom creme custa caro, mas pode ser usado
várias vezes. Uma ida ao cabeleireiro custa o valor desse creme que você usaria
por meses. Eu não vejo porque não fazer
eu mesma. Claro, é necessário um
profissional para uma série de procedimentos que não se deve fazer em casa com
químicas destrutivas. Eu uso tintura. Mas não é tão agressivo assim.
Mas a gente faz assim:
Se é importante pra você, eu não vou diminuir o valor disso. E como não é importante pra mim, entenda que
são pontos de vista diferentes. Eu não fico toda peluda, bigode, unhas sujas.
Eu faço tudinho, eu mesma. E não me sinto nem um pouco desmerecida por
isso. Também não me sinto anormal,
embora no momento que notei o espanto das outras, senti-me um tanto de outro
mundo, mas essa sensação faz parte da minha vida desde a infância, por motivos
bem diferentes.
Muitas pessoas que se encaminham pela vida mais simples,
pensam na economia, e vi vários casos de pessoas que economizaram muito em
estética por aprender a fazer aquilo que antes tinham que pagar, comigo foi
diferente, eu já fazia isso. E se você
gasta muito em salão de beleza toda semana, coloque na ponta do lápis e veja o
quanto você gasta por ano. É assim que sempre penso. Em um ano economizando
esse dinheiro, você poderia viajar? Se sim, acho que é muito dinheiro. Mas isso, é o MEU ponto de vista. E eu estou
traçando o meu caminho, não o de ninguém.
Conclusão: Imagine se soubessem todas as mudanças que eu
fiz em busca de uma vida mais simples, com gastos e atenção focados no
essencial, me desfazendo constantemente de coisas, mesmo já tendo poucas. Falei algo tão bobo em relação a tudo que já
mudei na vida. As pessoas no geral não entendem quando você vai no caminho
oposto ao consumo.
Faça suas escolhas baseadas no que você acredita, no seu
ideal de vida, no que é importante de fato para você. Respeite as escolhas
diferentes dos outros. Respeite as suas.
E assim, cada um vai traçando seu próprio destino, e sua própria maneira de ser
feliz.
terça-feira, 15 de novembro de 2016
Estou num círculo vicioso
Aprender algumas coisas, sair da escuridão que há em mim, começar a realizar algumas coisas e rapidamente cair na escuridão novamente...
O tempo passa, e passa rápido. E eu tenho visto o tempo passar assustada com o rumo que a vida está tomando. Não tenho feito nada. Parei de subir e agora estou indo apenas ladeira abaixo. Estranho falar isso assim publicamente. É tão assustador assumir fracassos. Gosto tanto desse espaço aqui e ele fala tanto sobre mim, porque eu fiz de mim o meu maior projeto. Mas ele era um tanto ambicioso demais. Pensei ser especial, pensei ser diferente, pensei demais de mim, talvez para justificar o fato de que eu não me encaixo. Não sei mais quem eu sou, embora eu saiba exatamente o que quero ser.
Só quero ser simples e útil. Ser amada pelo que sou. Ter apenas pessoas verdadeiras ao meu redor, afastar a maldade e a falsidade. Só quero ter uma mente pura, e só saber o que é preciso para evoluir. Executar bem minhas funções. Cumprir minhas promessas(as que fiz para Deus, para outros e para mim mesma). Ter mais saúde. Desfrutar de bons momentos, fruto de um trabalho bem feito. Viver, e não assistir a vida.
Mas eu não sei o que sou. E tenho deixado a vida ir sozinha e fico parada vendo pra onde ela me leva. Como se eu fosse carona num carro que está andando sozinho e não soubesse dirigir pra tomar o controle. Sei que já passou da hora de aprender a dirigir minha vida. Quando comecei a escrever aqui os momentos de estagnação eram poucos, e eu estava de verdade indo muito bem. Mas este ano especificamente... foi um dos piores. E eu só quero aproveitar o restinho dele para que não seja de todo um lixo.
Pensei em desistir. A maior parte do tempo eu só quero dormir, mas aí é a depressão falando. Pensei em muitas coisas negativas. Hoje, neste momento, veio uma pequena esperança e uma grande tristeza, medo de tentar e fracassar.
Eu não quero só aceitar o que a vida me dá. Eu sei que a maioria se contenta com isso, mas eu não. Eu quero fazer minha vida. Escolher. Eu não sei viver acompanhando as ondas, deixando a correnteza me levar.
E é claro, que pra viver, você tem que sair do seu casulo, da sua proteção, e simplesmente ir. Quando passamos tempo demais sozinhos em casa, presos a rotina, não conseguimos nada, só nos concentrar mais em nós e em nossos sentimentos negativos. É preciso viver. Ter contato com outros. Fazer coisas. Ver coisas e pessoas. Conhecer novos sabores, lugares, amigos, sensações. Desenvolver novas habilidades.
Não quero mais fazer promessas, nem marcar compromissos. Eu só vou falar do que fiz. Dos planos concretizados. Não tô tendo muito pra falar depois que tomei essa decisão não é mesmo?
Mas se as coisas mudarem... se eu conseguir... aqui estará meus registros. Aqui no meu mundo. Aqui onde eu posso ser eu mesma, mesmo quando sou um total fracasso. E no fim... ainda há um fio de esperança de que eu vou me levantar, e as coisas vão dar certo.
O tempo passa, e passa rápido. E eu tenho visto o tempo passar assustada com o rumo que a vida está tomando. Não tenho feito nada. Parei de subir e agora estou indo apenas ladeira abaixo. Estranho falar isso assim publicamente. É tão assustador assumir fracassos. Gosto tanto desse espaço aqui e ele fala tanto sobre mim, porque eu fiz de mim o meu maior projeto. Mas ele era um tanto ambicioso demais. Pensei ser especial, pensei ser diferente, pensei demais de mim, talvez para justificar o fato de que eu não me encaixo. Não sei mais quem eu sou, embora eu saiba exatamente o que quero ser.
Só quero ser simples e útil. Ser amada pelo que sou. Ter apenas pessoas verdadeiras ao meu redor, afastar a maldade e a falsidade. Só quero ter uma mente pura, e só saber o que é preciso para evoluir. Executar bem minhas funções. Cumprir minhas promessas(as que fiz para Deus, para outros e para mim mesma). Ter mais saúde. Desfrutar de bons momentos, fruto de um trabalho bem feito. Viver, e não assistir a vida.
Mas eu não sei o que sou. E tenho deixado a vida ir sozinha e fico parada vendo pra onde ela me leva. Como se eu fosse carona num carro que está andando sozinho e não soubesse dirigir pra tomar o controle. Sei que já passou da hora de aprender a dirigir minha vida. Quando comecei a escrever aqui os momentos de estagnação eram poucos, e eu estava de verdade indo muito bem. Mas este ano especificamente... foi um dos piores. E eu só quero aproveitar o restinho dele para que não seja de todo um lixo.
Pensei em desistir. A maior parte do tempo eu só quero dormir, mas aí é a depressão falando. Pensei em muitas coisas negativas. Hoje, neste momento, veio uma pequena esperança e uma grande tristeza, medo de tentar e fracassar.
Eu não quero só aceitar o que a vida me dá. Eu sei que a maioria se contenta com isso, mas eu não. Eu quero fazer minha vida. Escolher. Eu não sei viver acompanhando as ondas, deixando a correnteza me levar.
E é claro, que pra viver, você tem que sair do seu casulo, da sua proteção, e simplesmente ir. Quando passamos tempo demais sozinhos em casa, presos a rotina, não conseguimos nada, só nos concentrar mais em nós e em nossos sentimentos negativos. É preciso viver. Ter contato com outros. Fazer coisas. Ver coisas e pessoas. Conhecer novos sabores, lugares, amigos, sensações. Desenvolver novas habilidades.
Não quero mais fazer promessas, nem marcar compromissos. Eu só vou falar do que fiz. Dos planos concretizados. Não tô tendo muito pra falar depois que tomei essa decisão não é mesmo?
Mas se as coisas mudarem... se eu conseguir... aqui estará meus registros. Aqui no meu mundo. Aqui onde eu posso ser eu mesma, mesmo quando sou um total fracasso. E no fim... ainda há um fio de esperança de que eu vou me levantar, e as coisas vão dar certo.
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
Não gosto de fingir...
E justamente porque eu não gosto de fingir, eu não estive aqui. Há tempos decidi que escrever era fugir do mundo, era olhar pro que há de bom. Eu ainda acredito nisso, porém, escrever sempre foi muito mais pra mim. Eu não tenho vindo aqui, e muito obrigada Catarina...obrigada por notar, se estou hoje aqui foi a força que me deu saber que alguém sentiu minha falta. Pessoas como você salvam vidas sem nem perceber.
Eu escrevi sim nos últimos tempos, escrevi muito, mas coisas pessoais demais, impossíveis de colocar aqui. Posso afirmar que não é bonito e continuará só no meu caderno.
Dias difíceis... muito mais que dias fáceis...
Minha busca continua, por uma vida melhor, mais feliz, mais bonita, mais saudável e mais leve. Isso não é nada popular.
As pessoas gostam de ler quem tem as respostas, mas eu não tenho, e vou te falar uma coisa muito importante pra você que lê postagens contando segredos mirabolantes para vencer na vida: É mentira! Se tem uma coisa que eu sei, é que o meu caminho sou eu quem faço, que a forma que eu aprendo, caminho, me exercito, me alimento, descanso, produzo e me divirto tem que ser só meu, porque eu funciono diferente e não há fórmula secreta. Claro, a gente vai lendo e aprendendo pra adaptar as técnicas que foram estudadas... mas não se engane... você tem que fazer o seu caminho.
Espero nas próximas postagens não falar de mim. Falar de temas. E se vocês quiserem sugerir será ótimo!
Eu escrevi sim nos últimos tempos, escrevi muito, mas coisas pessoais demais, impossíveis de colocar aqui. Posso afirmar que não é bonito e continuará só no meu caderno.
Dias difíceis... muito mais que dias fáceis...
Minha busca continua, por uma vida melhor, mais feliz, mais bonita, mais saudável e mais leve. Isso não é nada popular.
As pessoas gostam de ler quem tem as respostas, mas eu não tenho, e vou te falar uma coisa muito importante pra você que lê postagens contando segredos mirabolantes para vencer na vida: É mentira! Se tem uma coisa que eu sei, é que o meu caminho sou eu quem faço, que a forma que eu aprendo, caminho, me exercito, me alimento, descanso, produzo e me divirto tem que ser só meu, porque eu funciono diferente e não há fórmula secreta. Claro, a gente vai lendo e aprendendo pra adaptar as técnicas que foram estudadas... mas não se engane... você tem que fazer o seu caminho.
Espero nas próximas postagens não falar de mim. Falar de temas. E se vocês quiserem sugerir será ótimo!
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