quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Minimalismo é coisa de rico/ Minimalismo é coisa de pobre

A maioria das histórias sobre simplificar a vida, desfazer-se dos excessos, as histórias dos minimalistas na mídia muitas vezes estão relacionadas a pessoas ricas. Pessoas que possuíam muito e aí de repente largaram tudo.
A casa minimalista que vemos por aí, tem móveis caríssimos.
As roupas minimalistas, para quem quer ter um estilo minimalista, são de um determinado tipo, aí você teria que trocar todo seu guarda roupa.
Então alguns pensam que é coisa de rico.

Não tem nada a ver com a sua conta bancária, tem  a ver com o modo que quer levar a vida, com deixar a vida leve.  Com analisar o que é essencial, o que é importante e viver com isso. 
Deixar claro algumas coisas:
-Você não tem que trocar seu guarda-roupa - se você percebe que seu estilo não é o que você usa, é muito possível trocar aos poucos conforme as suas roupas forem estragando. Pra quê a pressa?
- Sua casa não precisa ser nas cores preto, branco e cinza - use as cores que te faz feliz.
- Você não precisa viver com 100 itens - defina o que é essencial pra você
- Não tem que imitar ninguém -  esse item é o mais importante.

Outros, ao exporem seus poucos bens, são chamados de sovinas. Ainda alguns ao assistirem vídeos  dizem " Eu não sou minimalista, eu sou pobre mesmo!"

Eu sou pobre, mas cada vez que eu destralho minha casa sai coisas e mais coisas daqui. Então vamos aos itens em excesso que o pobre guarda:

- Roupas velhas: rasgadas, desbotadas, desgastadas, furadas, roupas íntimas, etc.
- Papel: recibos, resumos, matéria da faculdade ou da escola, revistas, etc
- Objetos de cozinha: potes plásticos quebrados ou rachados, potes de margarina e sorvete, panelas velhas que já não são mais utilizadas, eletrodomésticos que não gostamos de usar, panos que guardamos para futura eventualidade.
- Objetos não identificados : isso mesmo! Aquelas peças que você encontra perdida pela casa e não sabe de onde saiu, e guarda por anos achando que um dia vai descobrir de onde saíram.
- Coleções que não amamos mais, livros que nunca mais leremos, cds que não mais ouviremos.
-  Bibelôs... alguns ganhamos, alguns herdamos, outros compramos. E muitos não amamos.
-  Lembrancinhas de festas
-  Flores artificiais- que pegam poeira e dão muito trabalho pra limpar.
- Eletrodomésticos quebrados.

Eu vou falar a verdade aqui... eu guardo potes de margarina... pronto, falei! Mando mesmo comida pros amigos neles quando almoçam aqui e vão levar algo pra casa, eles também me servem pra misturar os cremes de cabelo ou tinta... tem as mais variadas utilidades. Dentro do saco de ração dos cachorros tem um pote de sorvete que eu uso pra pegar a ração. Mas eu fico com uma quantidade mínima guardada. Não faço coleção, rsrs.

Também tenho umas roupas em más condições para quando for pintar a casa ou fazer qualquer coisa que vá estragar a roupa. Mas fica só uma reservada pra isso.

Isso foi só pra vocês entenderem que o pobre também pode ser acumulador. Eu mesma tenho que ver os recibos que já não precisam ser guardados... uma daquelas tarefas que deixamos pra depois, e o depois nunca chega.

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Simplificar a vida é pra quem quiser!

2 comentários:

  1. Olá Pri, com certeza as tendências acumuladoras não dependem da situação econômica... Diria até que se acentuam em pessoas que passaram dificuldades financeiras na vida. Já fui muito pobre e já notei que tenho grande dificuldade em me desfazer das coisas (por sorte tenho enorme dificuldade em comprar também). Se não fosse o meu marido, tenho certeza que teríamos uma grande coleção de potes e vidros variados com tampa de rosca, dá uma pena de jogar fora. Alguns eu realmente guardo se tenho uso para eles. Mas pra falar a verdade minha maior dificuldade é com tralhas emocionais, coisas que as pessoas me deram, lembranças de bons momentos etc. Qual seria o mal de guardar isso: talvez nenhum, mas não queria me rodear do passado, gostaria de fazer mais espaço mental para o hoje, se é que isso faz sentido. Foi muito bom ler seu texto e refletir sobre isso, acho que estou precisando passar por um grande destralhe novamente, um abraço.

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    1. Verdade, Dri... esqueci de colocar os presentes na lista. Coisas que a gente nem gosta, mas por consideração não conseguimos nos desfazer. Isso eu também tenho uma certa dificuldade dependendo de quem me deu. Fora as lembrancinhas... eu sou o tipo de pessoa que guardava até papel de bala. rsrsrs... mas tô aprendendo a guardar na memória e nas fotos. Não tem que doer.

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