segunda-feira, 22 de maio de 2023

Saudade de mim...

 Eu estive por aqui a muito tempo atrás e disse que estava com saudade do blog. Mas agora posso dizer que estou com saudade de mim.

Era tão diferente a época em que textos eram lidos na íntegra e eu escrevo blogs desde meus 15 anos... fui mudando de blog, mas não esquecendo das pessoas incríveis que conheci. Uma delas, a Dri, eu tento encontrar até hoje, mas sem sucesso. Alguns desapareceram.

Agora tem que ter uma foto. Tem que ter uma legenda curta.  E são tantos influenciadores que até mesmo os legais estão me deixando confusa e com a mente agitada, porque mesmo quando algo é bom e saudável, não é minha vida.

Eu andei gastando mais ultimamente, porque quero poder receber e não acho que o que tenho após a mudança é suficiente pra isso.  Eu amo certos estilos e minhas canecas cada uma de um jeito e todas coloridas, porque não comprei nenhuma, estavam me incomodando.  E meus copos que quebraram e basicamente só ficaram aqueles copos de requeijão.  E meu estilo de roupa que já não me representa... tantas coisas andaram a passar na minha cabeça e me atormentar.  E hoje eu me pergunto: Não era eu a maior fã do minimalismo junto com a frugalidade? A que decidiu a um tempo atrás correr atrás do ser e não do ter e muito menos do parecer? A que mudou a vida, emagreceu, apenas parando de focar em coisas inúteis e pensando nas mais duradouras?

Os quilos voltaram, a frustração também... e a solidão.  

Houveram algumas tristezas nesse tempo que eu quero escrever aqui com calma e tranquilidade. E muito aprendizado.

Só sei que me perdi de mim. A que de tudo que queria, o que mais queria, era ser livre... me vejo presa dentro de mim. E que carrasco cruel eu sou. Me diminuo e me menosprezo tanto.  E me faltam pessoas que me incentivem e me elogiem por quem eu sou e não pelo potencial que poderia ter.

Como a opinião alheia me afeta e como me frustra perceber isso. O que vale o que pensa quem não me conhece? Por que sempre achar que sou um estorvo no mundo? Eu sou como qualquer outro ser humano... nem mais nem menos.  Até quando vou me colocar nesse lugar de expectadora?

Eu não quero compartilhar apenas fotos... eu quero voltar a ser livre pra escrever o que quero e quem sabe voltar a encontrar quem gosta de ler... e as conexões que eu perdi quando o mundo mudou de repente.

O que fazer agora?

Parar de planejar e apenas viver.  Usar as redes sociais livremente sem me preocupar com estética.  

E voltar pra cá...

E não esquecer de viver com beleza, simplicidade, cuidando do que tenho, satisfeita com o que sou e possuo.  Relembrando a beleza que é viver sem comparações... 

Às vezes busco inspirações, mas a maior inspiração vem quando eu volto aqui e lembro quem sou. Então que eu fique por aqui mais um pouquinho... 

Eu desapareço, mas volto sempre pra minha casa... que é aqui.

2 comentários:

  1. Ahhh... que alegria!!! Eu encontrei seu e-mail e vou responder por lá. Meu Instagram é @priscila.gomes_1 Tenho facebook, mas quase não o uso.
    Eu penso exatamente como vc na questão do trato comigo... eu penso "preciso falar comigo como falo com os outros, preciso ser minha amiga", mas preciso me policiar, não é fácil mudar essa conversa interna.
    Eu sempre compro o mesmo requeijão, esse mês fiquei revoltada porque mudaram o formato do copo e não deu pra ficarem todos iguais... kkkkkkkk
    Volte a escrever sim! Sinto tanta falta dos teus textos.

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  2. Pri, que saudade que eu tava de te ler e comentar!

    Acho que estamos em um momento bem parecido de reavaliar a vida, as escolhas e como lidamos com nós mesmas e com o mundo. Concordo demais com a Dri sobre se apoiar na autocompaixão para encontrar maneiras de ser mais gentil consigo mesma. Não quero me intrometer demais, mas, no meu caso, conversar com uma terapeuta tem me ajudado muito a lidar com esse nível absurdo de auto-exigência.

    Agora, sobre o minimalismo... Isso tem me inspirado tantas reflexões! Eu fico aqui pensando que a meta não sobre viver com o menos possível, sabe? Muito pelo contrário, é sobre viver com a maior abundância possível. Não de coisas, necessariamente, mas de alegria. Acho que comprar, quando dentro das suas posses e com consciência, é muito válido. Especialmente quando é sobre receber pessoas (depois desses anos horrorosos), sobre se sentir mais confortável e mais à vontade na sua própria pele.

    Enfim, eu queria comentar linha a linhas, mas não quero te sobrecarregar. Mas estava mesmo com saudade de te ler. Volte sim, por favor, sempre que quiser. Vou estar aqui, te lendo. Um beijo e um abraço apertado :)

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