Acho que a vida é dura com todos. E ninguém é forte o bastante para suportar. Vai nos cortando aos pedaços, e vamos seguindo, cada dia mais mutilados até chegar a morte.
No fim a vida te tira até a capacidade de ver e ouvir, ir ao banheiro, tira seus parentes, amigos, saúde. E assim vai te mutilando, até que um dia não resta nada e você morre.
Não satisfeita a morte te desintegra até virar pó.
Não escapa ninguém, rico ou pobre, bom ou mau. Se você fizer algo de bom na sua vida, você é um vitorioso. Se você consegue sorrir de coração, você é alguém forte.
No fim é só o que vale, as lembranças boas que temos pra nos apegar, e que sejam o bastante para dizer que a vida valeu.
A vida é tão frágil. A morte pode estar na próxima esquina. E que lembranças eu vou deixar? Que tipo de pessoa eu sou para os outros?
***
Eu tenho fé, e acredito na esperança da Bíblia, eu escrevi esse texto acima enquanto a dor era muito forte, por isso o pessimismo tão forte. Porque na verdade, eu me sinto mutilada sim. Sinto que isso é pra sempre.
O luto e todas as culpas que ele traz me ensinaram uma coisa: o orgulho não vale de nada. Dê o seu melhor, independente de retorno, porque quando alguém se vai, você quer ter certeza que fez tudo que podia. E o orgulho muitas vezes não te deixa fazer tudo que pode. Não fique ofendido, não guarde mágoa e faça o bem.
Sempre discordei da frase "Fazer o bem sem olhar a quem", porque eu achava que deveria ajudar aqueles que merecessem mais. Mas quem é que merece mais? Quem sou eu pra julgar isso?
A Bíblia nos ensina a pagar o mal com o bem. Isso pode parecer ser bobo, mas não é. Independente do que te façam, você tem que ser aquilo que quiser ser. E se escolheu ser alguém bom, seja bom. Independente dos outros. Ame sua família, passe tempo com ela, ajude a quem puder. Não ligue pro que os outros fazem, não permita que abusem de você, mas seja bondoso até com aqueles que tentarem fazer isso... não permita que te façam mal, mas não dê o troco. E não pare nunca de falar com ninguém, você nunca sabe quando será a última oportunidade.
Desde que eu era criança eu tinha esse medo. Sempre que eu brigava com alguém eu sonhava que a pessoa morria, isso ainda acontece. Então eu logo tento fazer as pazes. Mas pode não dar tempo, então resolva seus problemas com as pessoas que você ama. Enquanto vocês podem. Não perca tempo com desavenças. Não vale a pena. Só te tira mais um momento que você poderia viver com alguém.
Estou voltando pra cá, pro blog, mas sinto informar que talvez eu fique um pouco repetitiva.
Obrigada a quem quer que esteja ainda por aqui...
Ter menos para ser mais - minimalismo, organização, felicidade, essencialismo, vida saudável
quinta-feira, 29 de junho de 2017
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
A maturidade que a dor nos traz
O ano de 2016 foi caótico pra quase todo mundo. Foi um ano de crise econômica mundial, e pra
nós aqui no Rio de Janeiro ainda houveram alguns agravantes. Muito desemprego, desestabilização. Além disso, cada um enfrenta seus problemas
particulares. Para mim, não me lembro de
passar um ano tão difícil, desempregada, deprimida e com a saúde péssima.
Agora esperanças renovadas, não porque é ano novo, porque
eu não conto o ano novo, e sim o dia novo toda manhã ou conto como recomeço
quando tomo decisões que podem mudar minha vida. E eu tenho entendido algumas coisas sobre a
vida, e percebido a causa do meu sofrimento ao avaliar meus pensamentos em
relação a vida e as pessoas que me cercam.
Quando você passa por problemas graves você começa a
pensar em todo sofrimento desnecessário e toda futilidade que um dia você
pensou ser importante. Seja problemas de
saúde ou emocionais, eles te fazem pensar se vale a pena tanto esforço para
conseguir dinheiro, tanto sofrimento pra ficar aceitavelmente bonita para os
outros, com saltos, cabelos sempre feitos que nem te permitem sentir a chuva ou
receber um afago, a besteira que é mudar seu modo de ser pra agradar. A obrigação de sorrir e estar sempre
feliz. De usar as redes sociais pra
mostrar como sua vida é “maravilhosa”.
Quando você se sente incapacitada pensa na obrigação de ser sempre útil
e produtiva. E o trabalho que dá cuidar
de cada acúmulo desnecessário. E a preguiça de escolher a roupa num mar de
roupas e na bagunça do seu guarda-roupa, como seria bom se tudo fosse mais
neutro e se combinasse e fosse fácil escolher.
Se você não está sempre bem, e tem que escolher bem suas
tarefas, ou se não tem dinheiro e tem que escolher bem suas compras, você
aprende a ser bem mais seletivo. A ver
quais são as coisas mais importantes. Isso é maravilhoso! Permita-se refletir. Porque se tem algo que a
dor, a dificuldade financeira e a depressão não tiraram de você, foi sua
capacidade de pensar e avaliar a vida e o mundo. Não perderá mais tempo com banalidades, e
muito menos com falsidades. Mentiras pra
quê? Agradar pra quê? Dá muito trabalho manter uma máscara no rosto, mostre-se
ao mundo como você é, ainda que você não seja o protótipo ideal que a mídia nos
ensinou ser o certo.
Sinta seu sofrimento, mas não se apegue a ele. Permita-se chorar, deitar e pensar, conversar
sobre com amigos VERDADEIROS, mas de forma alguma se apegue a ele. Mesmo que seus problemas não tenham ainda
solução, deixe o sofrimento passar assim que você aprender com ele e entender
como lidar com os problemas. Sim, ele
vai voltar vez ou outra. Mas não o
convide para morar com você, saiba que ele vai chegar, mas vai partir. Use-o para se tornar mais forte e sábio, mais
resistente. Não permita apenas que seja
em vão.
E lembre-se: Se o que é bom acaba, o que é ruim
também. Quase tudo é transitório e
passageiro nessa vida.
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
Problemas se tornando insignificantes(Não se importe com quem não tem importância)
Eu sofri muito, muito mesmo, por causa de alguns
vizinhos. Quando falamos de problemas na
vizinhança acho que coisas bem banais vem a mente de todos. Mas não é o meu caso. Meus vizinhos me torturam psicologicamente,
tentando fazer com que eu me sinta indigna, falando frases muito maldosas e
humilhantes. Isso rendeu muitos
textos. Até que alguns eram
legais. Foi muito sofrido e eu acho que
cheguei a ter ataques de pânico, me trancava completamente em casa sem
conseguir sair com medo de encontrar tanto eles, quanto as pessoas para quem
eles falavam mentiras horríveis sobre mim e minha família.
Eu não entendia
a maldade gratuita, ficava
sofrendo muito tentando entender.
Perguntei a mulher que começou isso tudo, mas ela veio falar mentiras de
mim para mim! Bom, não dá pra me convencer que eu fiz coisas que eu não fiz,
né? Então as coisas ficaram piores.
Chegando ao ponto de agressão.
Nunca revidamos, não respondemos, meu marido assim como eu é pacífico e
pacificador. E por cinco anos eu
sofri. A primeira vez que eu não me
incomodei com os gritos e ofensas diárias foi quando meu irmão fez uma cirurgia
mal sucedida e ficou com o rosto paralisado. Lembro de chegar em casa várias
vezes durante os meses da recuperação dele e ao entrar em casa começavam os
gritos e ofensas. Eu não me importei,
porque eu tinha algo maior a me importar, o meu irmão de 11 anos com metade do
rosto paralisado, a tristeza da minha mãe por ter optado pela cirurgia que
supostamente corrigiria a audição dele, mas não foi assim. Eu tinha mais no que
pensar. Os gritos dela foram apenas ruídos incômodos. É o que são hoje, ruídos incômodos, como um
rádio alto fora de sintonia. Incomoda,
mas não tem significado nenhum. E quando
deixa de fazer sentido o mal que te fazem, ele já não faz mal.
Quando você aprende a olhar para aquilo e aqueles que
importam, não há nada assustador em suportar pessoas ruins a sua volta, desde
que não estejam dentro da sua casa. O que vem de fora da sua vida não precisa
te afetar. Você não pode mudar o que
fazem com você, como as pessoas agem e o que sentem em relação a você e aos
seus ideais. Mas você pode sim mudar
aquilo que você sente. O tempo te deixa
mais forte. Problemas mais graves te
deixam mais forte também, como disse minha amiga “eu venci um dragão, não é um
mosquito que vai me matar”. Cada um tem
seus problemas a suportar, mas se tem uma coisa que a idade dá pra gente é
força, força emocional, mental e espiritual se você se concentrar nisso. Se você não apenas se deixar levar pelos
problemas, mas pensar sobre eles. E se
eu pensar bem, a maldade que tentam fazer comigo só vai funcionar e só vai ser
meu problema se eu a aceitar. Mas eu não
a aceito! Não mais! Até onde eu sei, a podridão dos pensamentos deles e a
ruindade das suas atitudes são problemas deles, não meus. Espero que eles superem esses problemas algum
dia e possam ser felizes, mas eles não vão, mas não vão mesmo, tirar a paz que
eu quero pra mim.
Não deixe, não permita que ninguém se infiltre na
sua mente, nos seus pensamentos, afetem suas emoções negativamente. Deixe com eles o que eles tem de ruim. Não
perca sua doçura por causa dos outros.
Não deixe a sujeira dos outros entrar em você, você pode ser melhor que
isso. E depois que você superar, vai
ficar bem mais forte, acredite. Toda dor que você suportar fará você mais
forte.
Sofra quando preciso, mas aprenda a blindar o seu
coração, só deixe entrar aquilo for bom, você controla a porta.
domingo, 22 de janeiro de 2017
Importantes pra uns, futilidade pra outros(Sobre manicure)
Venho escrever esse texto devido a uma situação.
Conversando com um grupo de mulheres, eu causei um espanto geral ao afirmar que
só paguei pra que fizessem minha unha duas vezes na vida. Na minha formatura e
no meu casamento. Elas realmente ficaram
muito assustadas com essa informação. E
meu espanto não foi pelo fato de que eu era a única que em nenhum momento da
vida frequentei manicure, e sim, me assustou um pouquinho como essa notícia
pareceu tão absurda para minhas ouvintes.
Quando eu disse que “para mim” era um desperdício de dinheiro, tentando
justificar o horrível caso da mulher que faz suas próprias unhas, o susto foi
maior.
Engraçado que eu não sabia que era assim tão comum ter
que pagar pra fazer as unhas. Minha mãe
sempre fez a unha em casa, aliás, minha mãe até cortava meu cabelo. Acho que fui umas 5 vezes ao cabeleireiro durante toda a minha
vida. Então para mim é algo normal. Mas
as mulheres acham bem absurdo isso.
Eu nem sei quanto está fazer as unhas agora, mas digamos
que seja uns 20 reais para fazer pé e mão, aqui onde moro. A maioria faz uma vez por semana, o que dá 80
reais no mês, 960 reais ao ano! Acho que é possível que qualquer pessoa aprenda
a fazer isso em casa, com um mínimo de coordenação motora e uns trocados de
material que vai durar por pelo menos um ano.
O mesmo funciona pra cabelo. Um bom creme custa caro, mas pode ser usado
várias vezes. Uma ida ao cabeleireiro custa o valor desse creme que você usaria
por meses. Eu não vejo porque não fazer
eu mesma. Claro, é necessário um
profissional para uma série de procedimentos que não se deve fazer em casa com
químicas destrutivas. Eu uso tintura. Mas não é tão agressivo assim.
Mas a gente faz assim:
Se é importante pra você, eu não vou diminuir o valor disso. E como não é importante pra mim, entenda que
são pontos de vista diferentes. Eu não fico toda peluda, bigode, unhas sujas.
Eu faço tudinho, eu mesma. E não me sinto nem um pouco desmerecida por
isso. Também não me sinto anormal,
embora no momento que notei o espanto das outras, senti-me um tanto de outro
mundo, mas essa sensação faz parte da minha vida desde a infância, por motivos
bem diferentes.
Muitas pessoas que se encaminham pela vida mais simples,
pensam na economia, e vi vários casos de pessoas que economizaram muito em
estética por aprender a fazer aquilo que antes tinham que pagar, comigo foi
diferente, eu já fazia isso. E se você
gasta muito em salão de beleza toda semana, coloque na ponta do lápis e veja o
quanto você gasta por ano. É assim que sempre penso. Em um ano economizando
esse dinheiro, você poderia viajar? Se sim, acho que é muito dinheiro. Mas isso, é o MEU ponto de vista. E eu estou
traçando o meu caminho, não o de ninguém.
Conclusão: Imagine se soubessem todas as mudanças que eu
fiz em busca de uma vida mais simples, com gastos e atenção focados no
essencial, me desfazendo constantemente de coisas, mesmo já tendo poucas. Falei algo tão bobo em relação a tudo que já
mudei na vida. As pessoas no geral não entendem quando você vai no caminho
oposto ao consumo.
Faça suas escolhas baseadas no que você acredita, no seu
ideal de vida, no que é importante de fato para você. Respeite as escolhas
diferentes dos outros. Respeite as suas.
E assim, cada um vai traçando seu próprio destino, e sua própria maneira de ser
feliz.
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
O que aprendi em 2016
1.
Carteira
assinada não é sinônimo de emprego seguro
2.
Não
aconselhe quem não quer conselho
3.
Não
sofra e não pague pelas escolhas que você não fez, deixe que cada um carregue o
fardo das consequências de suas próprias escolhas
4.
Valorize
em primeiro lugar o conforto e a leveza(na casa, nas roupas, na vida)
5.
Não
se sinta ofendido
6.
Limite
suas palavras
7.
Viva
o momento presente, segundo a segundo
8.
Rotina
e regularidade nas atividades é importante
9.
Listas
não funcionam se você nunca partir para ação
10.
É
preciso bem pouco para viver
11.
Não
crie expectativas, é ruim para você e para o outro
12.
Seja
gentil, não importa a atitude do outro.
Mas não permita que te tratem mal.
13.
Valorize
a solidão, mas sem exagerar
14.
Evite
usar o cartão de crédito e tenha apenas um.
15.
Mantenha
uma distância profissional no trabalho
16.
Desligue
o wifi de vez em quando
17.
Saúde
em primeiro lugar, sem ela você não faz nada
18.
Sua
vida familiar é feita de pequenas atitudes diárias
19.
Passar
tempo com meus animais de estimação e cuidar de plantas me traz paz
20.
Toda
dor pode virar aprendizado
sexta-feira, 6 de janeiro de 2017
Teu mar
Não me obriga a ficar aqui
No raso eu não posso ficar
Não fui feita pra ser da terra
Meu corpo só pede o mar
Daqui não há visão
Pra toda aquela imensidão
Daqui horizonte é mistério
E mistério pra mim é solidão
Eu gosto é de mergulhar
Na vastidão do imenso mar
Eu gosto é de desvendar
As histórias deste lugar
Não me obriga a ser superfície
Que isso jamais eu serei
Não destrua aqueles sonhos
Que um dia eu te contei
Não seja um pequeno lago
Pois em ti eu vi oceano
Tão intenso e tão bonito
Em ti vi meu paraíso
Deixa eu mergulhar nas tuas águas
Me fundir na biodiversidade
Decifrar todo o seu mistério
E tornar tudo ainda mais rico.
Mudanças no blog
A partir de agora vou fazer algumas mudanças por aqui.
Gostaria de mudar mais a cara do blog, mas minha ignorância digital não
permite. Enfim... eu tenho alguns blogs
em aberto, sobre meu trabalho como intérprete, meus textos autorais, e este
aqui que ficou bastante monotemático depois que eu descobri o minimalismo. Esse blog não falará tão exclusivamente sobre
mim e sobre o minimalismo simplesmente porque ele vai fazer o que diz “Mundo de
Pri”... meu mundo não é só isso aqui.
O blog de textos autorais deixará de existir, sendo os
textos que eu selecionar gradativamente passados pra cá sob a tag “Meus
escritos” que são poemas, contos, textos reflexivos, crônicas e etc. Aqui também vai ter um pouco sobre “Literatura”,
sobre “Cinema” e “Música”.
Ainda falará sobre a vida simples e o minimalismo, porém
eu tenho buscado bem menos ler sobre isso, mas isso será assunto pra outro
post.
Falará sobre
coisas das quais eu tenho vivência como saúde e fibromialgia, minimalismo,
economia, alimentação, trabalho artesanal, animais de estimação, talvez umas receitas
que quero experimentar, talvez não...rsrs. Falará também sobre coisas que eu
leio muito como psicologia, pedagogia...etc.
Espero que vcs que vem aqui, que comentam e me seguem,
continuem por aqui. Garanto que
diversidade de assuntos é bem melhor que ficar lamentando meus fracassos,
aliás, me fará ver o que aprendi e aquilo que conquistei. Esse blog saiu do rumo nos últimos tempos.
Mas eu vou tomar o controle da minha vida, e daqui também.
Obrigada por ficarem, por todas as palavras gentis, e por
tudo que muitos de vocês me ensinam em seus cantinhos, continuo acompanhando os
blogs ao lado, mas não tenho comentado, estou numa atitude bem reclusa nos
últimos tempos e quando me isolo isso acontece também no mundo digital. Mas, acho que já passou e estou de volta.
Escrever ainda é minha melhor forma de viver. Ainda é
como eu consigo ver beleza até na minha dor. É como eu aprendo das situações.
Nunca conseguiria deixar isso de lado.
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