domingo, 16 de setembro de 2018

Deixe ir... o que você não precisa

Essa semana deixei muitas coisas irem embora... achar novos lares.  São coisas que terão uma existência feliz, porque serão parte de algo e da vida de alguém. E isso me deixa feliz também.
Muito foi pro lixo, e eu esqueci de ir fotografando, mas posso garantir, que havia mais lixo do que coisas a ser doadas e repassadas.
Fiz meu marido se livrar de várias peças de madeira de um antigo trabalho, estavam a mais de um ano paradas aqui, não teriam mais utilidade pra nós. Acabou que foi útil para alguns vizinhos.
Foram para o lixo muuuitos papéis, cadernos velhos, potes quebrados, tampas sem potes e um demaquilante fora da validade. A roupa rasgada vai aquecer meus bichinhos.

Os livros estavam numa caixa e eu nem sabia mais o que estava ali, só sabia que estava fechada a anos, e se eu não usei antes, não usarei agora. Ganharam novos donos.
Bíquinis: eu defini que 2 me bastam, e acabei ficando com 3 porque gostava deles.
Vestidos eu defini que 10 me bastam para atividades espirituais, e uns 4 exclusivamente quando quiser passear ou trabalhar com uma roupa leve. Fiquei com uns 2 a mais e dei o resto. Defini 10 saias também. Essas ficaram exatamente esse número. Isso porque eu participo de atividades em que uso essas roupas pelo menos umas 4 vezes por semana, e pretendo fazer mais disso que significa mais pra mim e me faz feliz.
Roupas, livros, duas frigideiras, vestidos, uma roupa de cama, dois colares, duas tiaras... perguntei quem queria entre conhecidos, quem precisava, e o que sobrou deixei exposto na minha calçada. Eu ia bota uma plaquinha de "Leve o que quiser"... mas não foi necessário, em poucos minutos levaram.
Estou mais leve. E estou feliz porque alguém vai poder usufruir daquilo que eu comprei e não usei, ou que eu não preciso mais.

Separei umas roupas que gosto que precisam de ajustes. Eu mesma faço os ajustes simples como pregar botão, apertar, fazer bainha e reforçar a costura. Ainda não sei pregar zíper... vou aprender.
Não fotografei tudo... mas aí algumas mudanças...

Artesanato que foi doado a amiga costureira:

        


Caixa de artesanato(Antes e Depois)

      


Doação:

        


Bônus:
Um cantinho da casa que mudou um pouquinho de modo bem simples

Tirei a foto antes de mexer, bagunçado mesmo:

  

Tirei a parte superior dessa mesa que era de um antigo computador, e comprei suportes para os instrumentos.

  

Esqueci de tirar foto da estante, mas os livros foram todos organizados lá. Tá arrumadinho agora.


Há quem busque ter mais, porque tem pouco. E parece que o minimalismo só é aceitável quando você tem tudo e de repente abre mão de tudo que tem. 
Eu acumulava, mesmo não tendo tanto em sentido material. Livros, roupas e lixo.  Roupas da promoção. Coisas para "e se um dia".  Agora depois de alguns anos simplificando percebo que a cada dia sinto que preciso de menos.  Não sei qual será o limite... até onde isso vai me levar. Sei que a cada destralhe eu fico muito, muito, muito mais leve e mais feliz.

Vamos ser mais leves?

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Autoconhecimento - influência dos outros - redes sociais.

Se tem uma coisa que essa jornada no minimalismo, na simplicidade, no desenvolvimento pessoal me fez pensar é em quem eu sou.  Acho que por toda a minha vida eu não sabia exatamente quem eu era. Sempre fui muito influenciada pelos outros, como todos. Somos influenciados sem sequer parar pra pensar.
Na minha adolescência tive um relacionamento quase que exclusivamente virtual, tóxico, manipulativo.  Não creio que a pessoa tivesse a intenção de me manipular, mas com seus 19 anos ele era firme em suas ideias da vida, que hoje vejo não eram nada boas, e eu com 16 confusa, sem saber ao certo o que queria da vida, quem eu era ou queria ser... fui me deixando levar e aceitando aderir aquele ideal que ele construiu pra mim... estranhamente eu era mesmo um projeto pra ele, e ele admitiu isso.  Ele pensou que eu poderia ser moldada.  Eu nem tinha mais uma voz. Foi a pior experiência da minha vida. Ainda assim, quando me livrei disso, eu ainda estava perdida. Algum tempo depois encontrei a Língua de Sinais, e encontrei parte de mim ao descobrir o mundo novo na comunidade surda.  Ainda assim... eu não sabia quem eu queria ser. Eu não conseguia separar o que eu era por mim, e o que eu era por influência alheia.
Será que eu queria mesmo ter mais e mais roupas?
Será que eu achava imprescindível sempre ter as unhas feitas?
Será que a dor que o salto me causava era inevitável?
Será que eu gostava de conversar sobre coisas a comprar?
Por que eu sempre me sentia idiota?
Por que a timidez era algo tão forte?
Por que eu vivia me culpando por ter falado "coisas estúpidas"?
Por que eu continuava indo a festas e lugares onde eu não queria estar?

Eu tentava agradar todo mundo, esse é o fato.  Eu não queria que ninguém saísse magoado.  Aí eu sempre me mantive neutra, aceitando tudo, sem opinião. "O que você decidir tá bom pra mim" ou "Tanto faz".   Ahh... as pessoas gostam tanto quando você é uma pessoa "tanto faz". Você fica muito vulnerável quando não diz ou mostra exatamente quem você é, seus limites e seus gostos.

Conheço uma pessoa que tem orgulho de se adaptar a qualquer círculo.  Ela sabe se adaptar, falar do assunto que estiverem falando, se encaixar em qualquer lugar.  E eu me sentia sempre estranha por não conseguir fazer isso. Eu não me sinto bem em grupos muito diferentes de mim.  Mas acho que descobri o porquê.

Não há problema algum em estar num grupo diferente de mim. A questão é que eu não preciso me adaptar. Eu só preciso ser quem eu sou. Antes disso preciso saber quem eu sou.  Depois assumir com coragem quem eu sou. E pronto! Vou me sentir bem em qualquer lugar porque estarei respeitando meus ideais.

E eu tenho praticado isso na minha vida atualmente.  Percebi que eu não conseguia expor minhas ideias com medo dos outros discordarem, ou de acharem idiota. Percebi que eu ficava "na minha" demais, não por gostar de estar só, mas pra que ninguém se incomodasse com as minhas diferenças, pra que eu não tivesse que defender meus ideais, ou dizer 'não'.  Eu fugia dessas situações.
Demorei 30 anos pra descobrir quem sou e assumir com coragem.  Posso mudar amanhã e não tem problema, eu vou assumir meu novo eu do mesmo modo.
Isso melhorou minha vida no trabalho, não me sinto inferior, estou circulando mais tranquilamente e dando mais de mim, sabendo que eu tenho valor.  Pela primeira vez marquei uma reunião na qual quem teria que falar seria eu. E não vou mais fugir de situações onde eu terei que ser diferente e mostrar que discordo de certas coisas.
Pode ter gente que não vai gostar, mas aí faz parte da vida. Eu só não quero e não posso mais me esconder da vida. Eu respeito as diferenças, e se não quiserem me respeitar de volta, problema dos outros, não meu. Vou ser fiel a mim mesma.

Nessa onda de não querer ser influenciada estou me afastando das redes sociais. Eu sempre tô procurando inspirações.  Mas prefiro me inspirar em mim mesma. Em leituras mais densas e verdadeiras que legendas de fotos.  Não tenho mais os aplicativos do Facebook e Instagram no meu celular. Eu amava o Instragram, tem gente do bem e tudo, mas gente, rede social, queira você ou não, acaba por gerar comparação.  E eu não quero me comparar com ninguém. Esse é meu exercício diário: Não me comparar com ninguém! Eu percebi como a palavra "seguir" estava me incomodando,"eu sigo fulana"... "beltrano está te seguindo".
Quero ser melhor que eu mesma ontem.  Só me comparar comigo mesma. Observar minha descoberta diária de mim, e minha evolução.  Essa mania de escrever ajuda bastante, meu diário concordaria com isso. Eu me vejo nas minhas palavras escritas nos diários. Pena que houve uma época que eu joguei tudo fora, pra não lembrar de tantos ódio que eu tinha de mim. Eu poderia ter ficado com eles, digitalizado, pra no futuro ver como evolui.
A cada dia exploro mais quem eu sou.  Penso no que preciso melhorar. Penso no que gosto e no que não gosto. Nas minhas escolhas, que são exclusivamente MINHAS. E agora eu sei disso. E agora eu me respeito nesse sentido.  Tá ótimo viver assim!

domingo, 19 de agosto de 2018

Sobre a felicidade

Sabe a felicidade?

Ela está nas pequenas coisas... coisas tão pequenas que por vezes esquecemos de sentir a felicidade que há nelas. 

Pare de correr pra sentir a felicidade... viva um pouco mais lentamente. Passe rápido pelas situações desagradáveis, e se necessário fuja delas, mas desfrute do que há de bom.
A maioria de nós está vivendo assim:
Come correndo sem saborear.
Troca a visita pela mensagem rápida no Whatsapp.
Passa pelas ruas sem observar a vida que nela está.
Deixa de namorar depois que casa... deixa de conquistar...
Esqueceu como se escreve uma carta
Beija rápido o rosto no cumprimento, e não sente o poder de um longo abraço apertado
Só quer mensagens rápidas, textos curtos, fotos de Instagram... não lê mais livros, demorados, profundos... e se torna tão raso quanto aquilo que consome.
Liberdade dá trabalho, é mais rápido ir por caminhos já existentes e não criar.
Mais rápido que decidir é aceitar o que decidiram por nós.

Eu li um post maravilhoso, tenho que divulgar aqui... ele me incentivou a algumas ações.  E já dizia a Bíblia que "há mais felicidade em dar que há em receber"...e eu vou te falar... agir com bondade nos faz muito feliz.

70 formas simples de praticar a bondade

Eu fiz algumas das coisas que está nessa lista. Há coisas que eu sempre faço, eu sempre cumprimento sorrindo, faço elogios, tento ser gentil, etc...
Mas há coisas que podemos fazer a mais... tornar o nosso dia e o dia de outra pessoa mais legal, mais bonito...
Eu comprei um presente simples pra uma pessoa e entreguei com um bilhete pra ela saber o quanto é especial, escrevi uma carta pra outra pessoa, doei roupas, adocei o dia de alguns com chocolates deliciosos.  E quero por em prática todas as coisas da lista... que é maravilhosa. 

Ah... e meu gatinho voltou pra casa... e eu fiquei super feliz!!! Suuuuper feliiiiiiiz!!!!!
Porque era meu filhinho... e eu tava muito triste.

Eu fiquei doente, de novo... já tá chato isso...kkkk
Fazer o quê? A saúde não é boa.  Mas o chato é que eu fiquei muito deprimida.  Ta aí uma coisa que eu preciso aprender.. ser feliz quando a saúde vai mal, ou pelo menos, não ficar tão triste e inútil.

Quero fazer um pedido pra vocês... saboreiem mais devagar a vida. Façam as experiências sejam mais intensas. As boas, por favor. Sinta mais... Se joga! (Naquilo que faz bem! Não siga impulsos prejudiciais, até pra se jogar tem que saber escolher)

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Aproveitando o recesso... menos do que poderia, mais do que o de costume

Bom, como a maioria aqui sabe trabalho em escola. Acabamos de ter o recesso escolar e hoje é o retorno.
Não tínhamos dinheiro para viajar. Mas havia alguns lugares que eu pretendia ir e não fui.  Houveram coisas que eu queria fazer e não fiz.
Já vou começar dizendo que o recesso acabou mal, e talvez esse clima tome conta até das coisas boas que aconteceram.  No sábado (hoje é segunda), meu gatinho de 6 anos sumiu de casa. Ele nunca havia tido coragem de sair de casa, nunca ficávamos preocupados, porque as vezes ele sumia e só estava escondido em casa mesmo, mas dessa vez ele não saiu de nenhum cantinho, não ouvimos os miados para resgatá-lo de nenhum lugar. Ele simplesmente desapareceu. Procuramos no bairro, mandei foto pra vizinhança. Ele é muito medroso, deve ter ficado apavorado com alguma coisa. Agora não sei se ele consegue voltar pra casa... ou se vamos conseguir encontrá-lo. Ele tem problema no fígado e rins. Não pode ficar muito tempo sem água e comida. Então eu tô bem triste mesmo. Na expectativa e sem muita esperança ao mesmo tempo.


Durante esse mês eu consegui fazer mais de algumas coisas que importam relacionadas a espiritualidade.  
Não li mais, o que foi uma derrota, mas a falta de silêncio para minhas leituras afetou isso, então "obrigada, vizinha, por deixar seu rádio ligado até pra dormir".  Aliás, essa mesma pessoa me proporcionou uma tristeza, que eu controlei bem mais rápido que antigamente. A gente vai aprendendo a ignorar quem tenta nos fazer mal, a gente aprende é com gente ruim a se importar menos pro que os outros pensam de nós.
Aí... aprendemos a nos importar com quem se importa com a gente.
Foi aí que esse recesso valeu.  Encontramos amigos.  Três moram longe, e isso dificulta os encontros. Uma mora perto e o que atrapalha é conciliar horários. Mas pra quem quer sempre dá. Afinal, sempre dá pra gente ir tomar um café, almoçar ou jantar juntos. Sempre dá pra fazer coisas simples, é só não inventar grandes e complicadas coisas e ficar com o básico.  É só não esquecer que o que importam são as relações. E de preferência ao vivo. Frente a frente. Com direito a abraço.
Ficamos felizes de nos rever.  Foi divertido, houveram boas risadas.

Também dei uma geral por aqui. Dei roupas, algumas para uma amiga que sabe pra quem repassar e outras eu sabia bem pra quem repassar, quem ia gostar daquela roupa que nunca usei.
Dei uma faxina também, o que eu notei que me deixou um pouco estressada e meio exigente. Isso não é pra ser assim. Devemos fazer pra que a vida tenha mais beleza e leveza, não pra atazanar a vida da nossa família.  Cada um tem seu jeito. É a frase que repito constantemente. Cada um tem seu jeito e precisam ser amados pelo que são e pelo que fazem. E assim seguimos a vida.





Ah... e aprendi a fazer moqueca de peixe,
 que eu achei que ficou bem boa. 












Ah... e além dessas coisas... Fomos a um seminário no Instituto Nacional de Educação de Surdos(INES). Foi específico para intérpretes e foi todo em Língua de Sinais. Aprendemos bastante. Além disso eu vi que quando digo "sim" descubro que sou bem mais capaz que imaginei.

Foi um encontro bem legal. Participei da oficina para Intérpretes escolares, o que me fez pensar em algumas coisas para melhoria do meu trabalho e para o ganho da minha aluna.







Hoje volto a trabalhar.  Não vou dizer que isso muito me alegra, porque sinto que precisava descansar um pouco mais e houveram coisas que me esgotaram.  Também não fui a um lugar de natureza para contemplação como pretendia. Mas tudo bem... vai dar tudo certo.






Por aqui a natureza se fez presente pra me lembrar que mesmo que eu não saia de casa, ela está em todo lugar:








Sem mais...
Até mais!


domingo, 24 de junho de 2018

Foco! A hora de mudar é agora!

Sábado:
Começando com faxina e organização para facilitar a semana. Cozinha lavada. Casa arrumada Já tem frutas cortadas. Legumes para ser feitos crus.
Essa semana comprei rabanete e beterraba. A segunda eu não gosto muito, mas quero dar ao meu paladar a chance de mudar. Afinal, já mudei muita coisa nele.
Evitei tomar suco... coloquei fruta no prato e alimentos frescos para limpar o paladar. Assim evito um pouco do açúcar refinado. Lembrando que eu já não corto nada da alimentação. Eu apenas equilibro e reeduco.
Também escrevi meus pensamentos e li a Bíblia.
Comi pizza com a família! Não é um alimento saudável, mas é muito saudável estar junto com quem amamos desfrutando do prazer que é comer uma pizza.
***
Domingo
Eu disse sim. Disse sim a uma coisa que me ajudou espiritualmente, e me fez cansar... mas também passar o dia com pessoas que tem a mesma fé que eu e os mesmos objetivos.
Há coisas que eu gostaria de compartilhar aqui, mas considero sagrado demais pra expor e atrair pessoas levianas que terão por intuito me atacar. Eu não exporei essa parte aqui. Mas de forma particular eu falo abertamente sobre essas coisas.

terça-feira, 19 de junho de 2018

Dia #7

Hoje eu não estava muito bem. Então não fiz tudo o que tinha a fazer.  Mas me permiti acordar 1 hora mais tarde... acordei, fiz um bom café da manhã, devagar, tomei tranquila e terminei de ler um livro.
"Há tantas versões de nós mesmos que podemos escolher ser "

Esse livro é o último de uma sequência iniciada por "Como eu era antes de você". Que foi um livro que chegou no momento certo para mim. Na época que li nem havia menção de torná-lo um filme. Quando o terminei pensei em toda a vida não vivida. Em tudo que não fiz.  Em tanto que posso fazer, e que viver, é uma obrigação. Porque eu tenho possibilidades na minha frente. Não posso apenas desperdiçar meu tempo.
Tenho que confessar a vocês. Na onda do minimalismo recorri aos livros digitais... Mas não me dá prazer como folhear um livro, senti-lo nas mãos.  Vou aproveitar um pouco de cada, não vou abandonar a compra de livros físicos vez ou outra.
Li a manhã toda, preparei meu almoço, ouvi algo edificante espiritualmente enquanto me arrumava para o trabalho. No trabalho fui feliz.
Entrei em contato com mais uma pessoa.  Estou usando o Whatsapp para tentar contatar as pessoas e marcar encontros de verdade.
***
Apesar dos pesares, eu tô lutando. Não me entreguei, mesmo que as vezes seja preciso me arrastar. Eu tô caminhando devagar.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Dia #6 Domingo preguiçoso

Domingo foi o dia de me recuperar do trabalho que tive nos dias anteriores.  Senti um sono tão forte que parecia ter tomado um anti-histamínico. Mas não havia nada importante demais a fazer mesmo. Dormi várias vezes durante o dia. E tudo bem.
Enviei mensagem a duas amigas que sinto saudade.
No fim do dia uma outra amiga apareceu aqui. Não nos víamos a tempos.
Foi um dia de descanso e conversa.