domingo, 29 de maio de 2016

Não quero falar sobre as dores

Eu comecei a escrever com o título "Quando a doença vence"... mas era triste e eu decidi mudar o rumo da conversa.  Isso porque eu tenho estado muito mal, desde janeiro passando por crises constantes de fibromialgia, limite muito baixo de esforço físico, qualquer coisa me esgota. Além disso agora estou sofrendo com a chikungunha, que me debilitou o mês inteiro. E pra terminar, crise de sinute. Esse mês foi dos piores. Esse ano tem sido...
Quem mora no Brasil sabe como está a situação por aqui. Situação financeira extremamente crítica.

Daí eu percebi que eu estava indo muito bem a uns tempos atrás, mas uma onda de negatividade tomou conta de mim. E sabe, quem permite essa negatividade sou eu. Eu sou responsável pela maneira que reajo aos problemas. E todo mundo tem problemas. Então aos poucos estou me levantando, mesmo que seja doloroso. E retomar a vida depois de me entregar é sempre difícil.

Então, para não ficar entrando em detalhes no sofrimento, passemos aos objetivos:

*Fazer alongamentos em casa e exercícios leves(que saudade do Pilates!)
*Experimentar novas receitas(a maioria saudáveis)
*Passar tempo com quem eu amo
*Me dedicar ao que mais importa... só a isso.
*Investir no meu artesanato, deixá-lo mais profissional, com etiqueta, logotipo, etc.
*Escrever sempre. Fazer no mínimo um post semanal.(Não quero mais abandonar vocês!)

Sobre este último, quero contar: descobri que gosto muito de trabalhar com as mãos, e estou aprendendo um pouquinho mais a cada dia, e pegando o jeito com a máquina de costura. Isso tem me dado satisfação. Quando termino uma peça, finalizo, vendo, e a pessoa que recebe gosta... é muito legal.
Trabalhar em casa, organizar meus próprios horários. Pausa de descanso na minha caminha... me parece algo bom. E tem tanto que eu ainda quero aprender a fazer, e ainda outras coisas não ligadas ao artesanato, conto quando acontecer.  Isso tudo tem sido bom, tem despertado minha criatividade que eu pensei que nem existia!  E mais: Tô junto com minha mãe nessa. Então isso nos aproxima ainda mais, e nos empolga junto.

Desfrutar daquilo que se faz... sentir os momentos.
Aproveitar a vida e o que ela tem de bom. Lembrar constantemente o que é que a vida tem de bom.
Sentir, só sentir.
Aprender cada dia mais.
Ler.
Viver mais devagar, não ter pressa.
Viver o momento, cada momento, sem ficar sempre esperando o próximo, ou o futuro.

Dedicar-me a aprender a felicidade.


segunda-feira, 2 de maio de 2016

O perigo de fugir da realidade

Há muitos tipos de fuga da realidade. Há quem se drogue, embriage, há quem faça muitas compras pra esquecer da vida.

Eu realizo fugas quando não estou bem. Confesso que tenho um lado negro, e que ser feliz pra mim é um exercício e não acontece naturalmente. Aí as inutilidades que nos dias ruins me sugam ainda mais e eu perco a noção da vida:

* TV, facebook, instagram, filmes e séries

São coisas que me mostram vidas perfeitas. Aí eu me transporto pra isso e esqueço da minha vida. Esqueço que se eu estivesse agindo eu estaria conquistando coisas de verdade e não apenas passando o tempo de forma vazia. Até mesmo se estivesse lendo, ou vendo e ouvindo coisas positivas seria melhor que toda mentira e propaganda desses meios.

* Comer
É só isso mesmo. Como tudo aquilo pronto que não precisa de preparo, ou de lavar e descascar. Alimento-me mal, sinto necessidade de besteiras e me entupo de porcarias. Isso fez mais parte do passado. Até que tem tempo que não acontece. Que bom, menos um hábito ruim.

* Dormir

Bate um sono nestes dias sombrios, mas um sono tão forte, e eu simplesmente me entrego. E o sono me acolhe durante o dia, e me abandona durante a noite. É péssimo.

Fugir da realidade é muito perigoso. Principalmente porque costumam ser fugas que não fazem sentido ou não nos acrescenta em nada. Não aprendemos nada novo, e no fim estamos mais vazios que no início.

Nessa jornada de vida minimalista, simples e consciente, parece que eu vou me descobrindo cada dia mais. Antes eu não percebia as coisas que fazia, e como eram nocivas. Agora eu percebo, isso é bom... o primeiro passo pra mudança.

Pra me livrar disso pensei em algumas coisas., Uma delas é focar em fazer aquelas pequenas coisas que dão prazer. Lembrei da sessão Petit Plaisirs do blog Coisas Fúteis. Sessão linda, clica no link pra ver.
Essa sessão foi minha inspiração por um tempo, e agora eu vou favoritar pra reler. Porque eu preciso de avisos pra me lembrar que a vida vale por essas pequenas coisas gostosas que a vida nos dá. Isso sempre me lembra O fabuloso destino de Amelie Poulain. Se não viu esse filme, assista. Lindo! Uma pessoa com visão peculiar que vê os detalhes da vida. São coisas que iluminam meus dias sombrios, e eu preciso aprender a sempre iluminá-los.  Pensando nisso a cada coisa que me alegra e que pode ser fotografada, eu vou fotografar e colocar no Instagram no horário que eu estipulei pra entrar na internet(chega de horas perdidas!)

Tenho hoje a consciência que há coisas que alimentam minha mente... outras a destrói.  Ligar-se a TV ou redes sociais vazias é como desligar a mente e as inquietações. Mas as inquietações são maravilhosas. As inquietações depois de resolvidas nos levam a frente.

Quando a fibromialgia me deixa de cama, preciso de ocupações melhores, que me animem. Que tenham significado. Leitura significativa, escrita... até fazer uns detalhes de costura a mão nas minhas encomendas dá pra fazer. Colocar uma musiquinha boa baixa e ver a letra. Ficar abraçada com o marido. Chamar quem eu amo pra vir aqui ficar comigo.  Levantar e fazer tudo aquilo que puder.

Preciso olhar pra dentro. Sempre é preciso olhar pra dentro. Buscar evolução intelectual, emocional, espiritual... sempre é preciso.

Vocês estão embarcando nessa jornada comigo... em busca de coisas melhores e maiores. E eu tô aqui pra contar como tem sido... meus fracassos e sucessos. Sem máscaras, sem mentiras.

Obrigada a quem acompanhar isso tudo e torcer por mim.