terça-feira, 12 de maio de 2020

Fazer a vida bonita com pouco

Aniversário de casamento chegou em meio a Pandemia e crise financeira.  Eu queria surpreender, mas pensei que na quarentena seria difícil.

Mas a distração do meu marido enfim me serviu de algo! rsrsrs

Eu peguei o presente dele e as encomendas pra decoração sem que ele visse. Ele sabia que tinha encomendado bolo... aí o vizinho contou dos salgados porque foi tirar dúvida com ele e eu não avisei que era segredo.

Mas no dia pelo menos consegui fazer uma decoração simples como a gente, encomendei fotos tipo polaroid, comprei velas de LED, o bolo ganhamos. Preparei uma playlist. O presente foi o que cabia no bolso... baratinho... mas um criativo e um pra suprir necessidade.

Ele amou... Foi muito gostoso...
Não precisamos de muito, se tiver carinho e amor... tudo é lindo.



Que a gente saiba fazer muito do pouco!

E que tenha muito amor por aí... assim como tem muito amor por aqui.

domingo, 19 de abril de 2020

Hoje eu acordei bem

Hoje eu acordei bem... é isso.
Sem pesos desnecessários, sem mágoas, nem com os outros e nem comigo mesma.
Acordei leve.

Eu não sei o que eu fiz certo dessa vez... só sei que acordei leve. Bem leve.

Sem culpa ou julgamentos.

Existe uma coisa linda que acontece quando você consegue sentir afeto por si mesmo.  Você não se culpa e não se julga... e de forma milagrosa... você não julga mais ninguém.  Eu não sei te dizer porque ou como isso acontece. Só posso te dizer que é assim que acontece.

Quando você se perdoa, você perdoa todo mundo.  É tão bonito.

Sabe as pessoas que julgam todo o tempo? Aquelas pessoas que não conseguem viver sem julgar... e que ferem as outras o tempo todo.  São pessoas cheias de culpa e pesos. Elas exprimem quem são, não quem os outros são.  Elas estão feridas.  Talvez elas não façam nada para sair do buraco, talvez elas se satisfaçam machucando os outros e não queiram buscar a própria cura, a própria paz.  Mas eu te falo que elas não estão nada bem.

Eu deixo a partir de agora que a força do amor tome conta de tudo.  Mas não só o amor pelos outros, mas também o amor por mim. Assim a gente equilibra bem.

***
Terminar com um trecho do livro do Augusto Cury que estou lendo(O Código da Inteligência, está gratuito na Amazon):

"... São hiperaltruístas, sempre se esquecem de sim mesmos para pensar nos outros.  Uma pessoa insensível exclui os outros; uma hipersensível os superprotege.(...)uma hipersensível fere a si mesmo para não magoar os outros. (...) Uma pessoa insensível não tem sentimento de culpa quando era; uma hipersensível o tem em excesso."
"O insensível deixa todos doentes ao seu redor; o hipersensível adoece por todos."

Então busquemos a sensibilidade graciosa de sentir amorosamente a vida. Não a hipersensibilidade que nos fere.


quarta-feira, 1 de abril de 2020

Quarentena: Reflexões e sofrimento

Essa quarentena está tendo um efeito devastador em mim.  Mas eu espero que após o sofrimento venha uma vida melhor.
Agora que eu sou obrigada a ficar trancada, eu penso em como eu já vivia trancada antes.  Em casa e em mim. Tímida, introvertida, com hábitos naturais de isolamento para proteção, autocrítica demais ao ponto da paralisia.  Sempre me sentindo presa, nunca conhecendo a liberdade.
Refleti mais profundamente em todas as minhas relações.  Pude avaliar e viver coisas que me fizeram entender quem realmente algumas pessoas são.  Reflito na minha culpa em muitos problemas que eu causo a mim mesma, ou que permito que me causem.

Sou fruto da vida que tive.  E carrego marcas profundas no meu coração.  Isso afeta todo o meu modo de viver e ver a vida.

  • Eu sempre busco resolver tudo.  Ninguém pode me apresentar um problema que eu me sinto na obrigação de trazer solução para os problemas do mundo.  Chega ao ponto de eu mesma antecipar o problema futuro dos outros para buscar a solução.(Faço isso na minha vida também, mas aí já não é sempre um problema.)
  • Aconselho sem que me peçam.
  • Sofro ao ver quem eu amo fazer escolhas ruins.
  • Preciso sempre me explicar, fazer as pessoas entenderem meu modo de agir.  Mesmo pessoas que não fazem a mínima questão de saber o que eu penso ou sinto.
  • Preciso sempre interrogar o outro para saber o que ele está pensando em relação a mim ou ao que fiz, mesmo que muitas vezes a pessoa não queira falar ou resolver nada.
  • Quero saber sempre o que há no coração do outro.  E quero que saibam o que há no meu.  E nem todo mundo serve pra uma relação assim. Nisso aqui sim é necessário reciprocidade.
Quando eu preciso me defender de uma situação, quase sempre eu digo a pessoa o que ela faz e como eu me sinto.  Aviso o que vou fazer.  Tenho mania de ser um livro aberto.  Mas quem te fere geralmente sabe que te feriu e não se importa.  E se importasse a pessoa falaria com você, se aproximaria de algum modo.
Sempre fui controlada e controladora.  Nunca fui criança.  Vivendo pra fazer outros felizes, buscando solução para os outros. Sempre me senti responsável pela vida de algumas pessoas.

Quero ser gentil, sim. Tratar bem. Ajudar naquilo que está ao meu alcance. Mas preciso:

  • Cuidar da minha vida
  • Fazer as minhas escolhas
  • Não interferir na vida dos outros
  • Aconselhar e dar opinião só quando pedirem
  • Não pegar os problemas dos outros pra mim, deixar que se responsabilizem e vivam as consequências. Deixar que amadureçam.
  • Amar... mas saber viver e deixar que vivam.
  • Aceitar quem eu sou e fazer o que posso sem medo de críticas.
  • Perceber maldade mascarada de bondade. Observar quem ajunta e quem espalha. Quem fala bem e quem fala mal.
  • Trabalhar com afinco e sem medo de errar.  Os erros são ensinamentos.
  • Não ter medo de pessoas e aproximações. Viver mais abertamente e dividir meu amor e o pouco que tenho.
  • Observar e entender, sem precisar falar e debater.

Talvez certas pessoas não entendam a mudança que eu vou fazer.  Porque eu vou conseguir, estou certa disso.  Mesmo que agora eu esteja sofrendo demais pensando nas mudanças que tenho que fazer.  Eu vou aprender um jeito de seguir minha vida e viver minhas escolhas.  No futuro não poderei culpar a ninguém além de mim mesma.
É fácil deixar que outros abusem de você, te controlem e depois dizer que sua vida é péssima por causa dos outros.  Mas você é responsável pela sua vida.  E eu vou aprender isso.

Viver minha vida vai ser algo inédito nos meus 31 anos de vida.  Mas eu vou fazer isso.
E essa dor toda que eu tô sentindo, é a dor da mudança. Vai valer.

segunda-feira, 16 de março de 2020

Ser recíproco ou ser você?

Sempre ouvimos falar sobre reciprocidade.  Eu te trato da forma como você me trata.  E para pessoas que já sofreram demais nos relacionamentos essa é uma forma de proteção, mas cuidado com isso.

Muitos acham que ser educado com quem não tem afinidade é falsidade, que sorrir em situações desagradáveis é deplorável.  Que ser gentil com quem aqueles que você não gosta é hipocrisia.

Na verdade, cada um dá aquilo que tem.  Mas pessoas ruins, negativas e grosseiras podem muitas vezes influenciar você, você pode absorver tudo que o outro é e agir igual. Infelizmente podemos agir como espelho de pessoas com as quais não queremos parecer em nada. Então... vá pelo caminho contrário.

Aqui vai meu conselho: Saiba lidar com todas as pessoas, perceba quando alguém é manipulador. Não se ofenda facilmente com os grosseiros.  Observe como as pessoas podem usar a maldade para te prejudicar e se proteja. Mas não se transforme. Aprenda como agir com a pessoa para não ser manipulado, explorado, intimidado ou agredido, mas continue a ser quem você é.

Se você tem amor pra dar, se é educado e gentil, se é pacífico... o mundo precisa de pessoas assim.
Seja gentil!


terça-feira, 10 de março de 2020

Vaidade - Em busca do equilíbrio

Sou uma mulher de fases.  Para mim isso é bem desagradável, pois creio que todas as pessoas sejam de fases, mas eu sou uma pessoa que fica obcecada por uma coisa por vez.  E na vida creio que tudo é equilíbrio.

Passei por muitas fases.  Por toda minha vida tentei emagrecer.
Ano passado percebi que era muito importante resolver isso, e que se era importante eu devia levar a sério e parar com a inconstância dos dois pensamentos "ah, mas eu não me sinto bem e preciso emagrecer" seguido de uma vontade louca de comer o que não devo e pensar "tenho que me aceitar como sou e ser feliz"... seguido de tristeza novamente.
Consegui mudar certos hábitos e emagrecer 6 kg.  E não estou satisfeita ainda, mas me sinto melhor.

Eu trabalhei muito a questão da aceitação.  Porque sou o tipo de pessoa que se olha no espelho e vê tantos defeitos que não dá pra enumerar.  Cogitei milhares de intervenções.
Depois passei por um período de grande busca espiritual, e cuidar do meu interior, dos meus aprendizados e achar que tudo era futilidade. E descuidei demais, pensando que cuidar só do interior bastava. 
Houve uma época que encontrei equilíbrio.  Mas durou pouco.

Acho que já falei de pesos dos quais me livrei em relação a vaidade:
- Pinto as unhas quando quero
- Voltei ao cabelo natural para facilitar a vida
- Aprendi a sair na rua sem maquiagem
- Não uso mais salto alto
- Não uso chapinha no cabelo.(só uso em ocasiões especiais)

Eu estava voltando a me prender a essas coisas que eu já havia me livrado.

Nunca me livrei do uso do batom, me sinto horrível sem - essa semana vou tentar ir trabalhar sem.  Não quero que absolutamente nada seja uma obrigação pra mim. (Desafio pessoal)

Quero uma vida leve, tranquilidade, me livrar de qualquer peso desnecessário, mesmo os que eu mesma me imponho.  Definitivamente minha aparência não deve ser a coisa mais importante a meu respeito e sim quem eu sou, minhas atitudes e meu conhecimento, é nisso que eu devo trabalhar com mais afinco.

Eu voltei ao rumo, escrevi sobre as coisas realmente importantes pra mim reduzindo minhas preocupações estéticas a apenas 3 coisas:
- Usar um shampoo de qualidade e cuidar vez ou outra do cabelo pra que fique naturalmente bonito
- Tratar da pele e aceitar imperfeições sem precisar cobrir
- Cuidar do meu peso que é algo que me afeta demais.

O exercício é questão de saúde mais que de estética, é tornar meu corpo funcional.
Também pensei no meu estilo e fui refazendo uma lista das coisas que eu gosto, mas esse será assunto para o próximo post.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Não ter preguiça de viver

Dá trabalho viver bem.  Vida boa, boa de verdade, não é aquela que você passa sentada na frete da TV, se empanturrando de industrializados de sabor artificial.

Encontrar pessoas dá trabalho. Ser hospitaleiro mais trabalho ainda. Preparar lanches e refeições, brincadeiras, arrumar decorações pra fazer surpresinhas a pessoas amadas.  Mas é algo que eu quero pra minha vida.  Quero fazer pelos outros. Quero ser daqueles que contribui em enaltecer as pessoas mais simples e fazer que todos se sintam especiais.  Alguém que estabelece ligações e se conecta ao coração dos outros.

Desenvolver habilidades dá trabalho.  Mas é bom.  Faz com que você se sinta especial, ajuda a mente expandir.  Te engrandece e colore seus dias.  Fazer consertos, cozinhar, plantar, tocar um instrumento. Dá trabalho.

Ajudar quem precisa dá trabalho e pode ser desgastante.  Mas dá sentido a vida.

Adquirir conhecimento desgasta, mas faz ter uma vida mais prática e verdadeira.

Fazer exercícios é cansativo, mas melhora sua capacidade física e te torna mais saudável e resistente e te leva mais longe... bem mais longe.

Agora eu aceito a dor e o desconforto.  E também os prazeres a longo prazo que tais esforços me darão.   Fazer a vida ter valor é essencial.  E eu não posso fazer isso apenas dizendo sim a meus desejos e vontades.

Vamos viver!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Eu só preciso ser

Medir seu próprio valor. 
Julgar a si mesmo, a sua vida, suas palavras e suas atitudes.
Comparar-se aos outros.
Pensar em como seria melhor se tivesse feito tudo diferente na sua vida.
ISSO AJUDA? 

Não, não ajuda em nada.

Eu me sinto incapaz. Eu sinto que não sou útil ou que não ajudo as pessoas, sinto que não faço o suficiente, que não aprendo o suficiente, que não sou inteligente, nem bonita ou interessante, que não tenho valor para os outros. É como eu sempre me senti. Independente do que as pessoas me dizem, de quando me elogiam ou agradecem, independente das provas em que fui aprovada e tive boa pontuação, independente das evidências que dizem ao contrário. Eu me sinto sempre inferior.

Estes dias percebi que eu sempre me menosprezo.  Só nessa semana eu fui surpreendida três vezes com resultados positivos, agradecimento e elogio.  Eu simplesmente não entendo como mereci essas coisas.  Meus amigos e meu marido dizem que eu preciso parar de ser tão negativa com relação a mim mesma.  E eu continuo não acreditando.

Eu não sei se um dia eu vou conseguir achar que sou importante.  Mas eu posso dizer que cheguei a uma conclusão... EU NÃO PRECISO ME AVALIAR! NEM AVALIAR A NINGUÉM.

Sério... eu preciso viver.  Eu preciso desfrutar. Gastar minhas energias com aquilo que vale a pena.  E com certeza me martirizar não vale meu tempo e energia.

Você não precisa ficar pensando se sua vida é boa ou ruim, se você é isso ou aquilo... claro, reflita suas ações e palavras para tomar melhores decisões no futuro, MAS ISSO É APRENDER E NÃO REMOER.

VIVA! SEJA! APRENDA!
Ser você mesmo já basta.
Entenda que você é um ser mutável.  Aquilo que você não gosta pode mudar, trabalhe nisso e não em se ferir.