quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Sobre decidir mudar e pessoas especiais...

Gostaria de agradecer aqui por vocês, que por meio de e-mail e comentários me ajudaram muito.
Eu queria desistir de mim... desistir de me melhorar, de mudar, de ser feliz... como se tais coisas não fossem pra mim.  Ninguém viu meu fundo do poço.  Tava apenas dentro de mim.  É tão difícil achar quem converse de verdade nos dias de hoje. Passei a observar as pessoas que me cercam no trabalho e na vida. As pessoas não querem ouvir, querem falar apenas. Elas te olham quando você fala, mas não estão tentando te entender... só esperando a hora delas de falar de novo.  E me sinto meio que rodeada de pessoas assim a maior parte do tempo.  Por isso preciso ver mais meus amigos e lutar contra a tendência de isolamento, e acho que por isso tenho um blog também. Aqui lê quem quer e quem se identifica.  É incrível como aqui criei conexões reais.
***
Primeiro vou dizer o que me ajudou nas palavras de vocês.
Dri,
Aquele e-mail gigante onde você compartilhou comigo um pouco da sua história me fez me sentir especial. Às vezes eu sinto como se fosse a única fracassada nesse planeta.  Mas aí vejo que pessoas que eu admiro tem essa mesma sensação... e que talvez esse meu sentimento esteja me enganando um pouco.  E graças a seu e-mail eu pensei muito, pensei nas minhas conquistas passadas. E pensei que eu tenho levantado mais forte, embora eu anseie por conseguir manter uma consistência na minha vida.  Te escrever sobre minha vida também me fez refletir muito sobre minhas escolhas, e obrigada por me permitir fazer isso.  E a frase que você citou no final me fez pensar bastante: "a melhor maneira de se sentir melhor consigo mesmo é fazer algo digno de seu próprio respeito: mantenha uma resolução difícil, enfrente um desafio, resolva um problema, aprenda uma habilidade, risque algo desagradável da sua lista de tarefas".
Eu precisava disso, ser digna do meu próprio respeito. Fazer qualquer coisa para não me sentir um fracasso.  Realizar. Isso e as dicas de como alcançar as metas me ajudaram tanto.

Tainan, no seu blog eu li um post que eu amei, e no comentário dei uma desabafada básica... Aí na sua resposta você disse "mas lidar com as coisas práticas e modificáveis da vida renova nossa sensação de propósito e firmeza."  E isso foi de acordo com o que a Dri havia falado. Eu precisava fazer qualquer coisa, resolver qualquer coisa.  Obrigada pela força no comentário aqui também.

Eu não vim logo escrever aqui porque queria acumular pequenas vitórias.  Então... eu pensei muito em tudo e decidi que já passou da hora de eu começar a viver e parar de dar desculpas.  Pensei em como eu dou desculpas e não dou prosseguimento nas coisas.  Se dói eu paro, se incomoda eu desisto, se acontece qualquer coisa eu uso como desculpa.
"Estou com dor de cabeça, não dá pra estudar
Estou menstruada, não dá pra me exercitar
Estou cansada, deixa pra ler isso depois
Ah, hoje tem refrigerante, eu vou beber depois é só não comprar mais
Já que eu comi esse churrasco, só hoje vou abusar na sobremesa, amanhã a volto a controlar a alimentação
Hoje eu me irritei, eu mereço comer uma besteira
Ainda estou dolorida, vou esperar passar antes de me exercitar de novo
Hoje não tenho vontade de ficar na fila, depois resolvo isso"
Decidi parar de dar desculpas.

Mas o primeiro que eu fiz riscar coisas da lista de tarefas... fui ao banco resolver problemas na minha conta(mais de um ano procrastinando!) e habilitar o aplicativo, fiz faxina, replantei e adubei todas as minhas plantas.  Depois de fazer essas coisas pensei na minha alimentação, exercícios e uso do tempo.  Em pouco mais que duas semanas meu condicionamento físico deu uma melhorada, estou fazendo exercício em casa quase todos os dias e parei de dar desculpas, meu estado só determina se faço menos ou mais.  Troquei o banho de água fervente por banho gelado e ajuda bem mais do que eu imaginava.  Como um doce vez ou outra, mas não todos os dias, e faço de forma controlada.  Estou conseguindo manter o foco. 
Muitas vezes pensei "vou emagrecer", logo depois eu desisto e digo que tenho que me aceitar como sou, mas continuo insatisfeita, e eu quero perder de 5 a 7 quilos, não é tanto, não sei porque nunca me dedico a isso... quero sempre o conforto de fazer o que meus impulsos pedem.
Estou lendo e estudando mais.
E me inscrevi pra um concurso em outra cidade... mesmo que não dê em nada, estou me dando a chance.

Obrigada por tudo quem está por aí...
Decidir mudar e parar de dar desculpas pode mudar minha vida. Confesso que tenho medo de perder o foco e voltar a estaca zero... espero que se eu perder o foco seja rápido o suficiente pra retomar sem perder o esforço já feito.  Mas eu não desisti... ainda estou aqui. Ainda estou na luta.  E sinto que algo em mim mudou.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Fundo do poço

Quando você chega ao fundo do poço, ou você cava e se enterra ou começa a subir.

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Em busca da constância... o poder de fazer um pouco todos os dias

Resultado de imagem para fazer um pouco a cada dia


É aí que eu falho.  Eu não consigo ter constância. Eu caio e me levanto muitas vezes e isso se torna algo cansativo demais.  Ultimamente o ciclo começar, parar, me perder, retornar tem se tornado muito rápido. Alguns dias vai tudo bem, de repente eu me vejo perdida, preenchendo meu tempo com bobagens inúteis. Aí volto a correr atrás da vida que quero levar. Embora eu esteja conseguindo realizar as coisas tomando pequenos passos... me perder me deixa mal.  Ficar o tempo todo buscando distrações e preencher o tempo.  É que a ansiedade tá batendo forte ultimamente.

Fico frustrada quando meu corpo não acompanha meus projetos e tenho uma crise ou me sinto mal.  Quando tenho que faltar ao trabalho e deixo de fazer as coisas que preciso porque meu corpo não corresponde.  Mas existe um pouquinho que sempre dá pra fazer. E eu preciso fazer esse pouquinho quando não der pra fazer mais, e não deixar de fazer. E ter constância.  Essa é minha necessidade. É o que preciso aprender.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Simplifiquei... e agora? Partir pra ação.

Tive uns dias em casa, mas segunda já volto ao trabalho. E mais uma vez tentar adquirir uma boa rotina.

Eu reduzi e simplifiquei ainda mais. Como?

* Voltei a cor natural do meu cabelo(castanho escuro).  Eu estava loira desde dezembro, antes disso havia ficado um ano com meu cabelo natural, acho até que falei aqui sobre isso. Eu não tinha trabalho e nem gastos com meu cabelo natural, era simples, e ele estava muito bonito. Mas eu pinto o cabelo desde os 16 anos... mudo constantemente... eu gosto disso, mas é trabalhoso demais e neste momento eu tô com outros projetos.

* Fiz mais um destralhe. Já não havia muito o que ir. Mas eu joguei fora mais algumas coisas... e doei outras, aquelas roupas que ficaram para eu tentar usar do último destralhe.  Dei adeus, e elas foram ser úteis.  Doei Maxi colares que eu comprei pra ajudar uma amiga, mas eu nunca usei. Uma bolsa, porque a que eu tinha não comportava o que eu precisava levar pro trabalho e eu comprei outra. Tirei mais alguns papéis desnecessários.  Eu tenho material que eu não gostaria de precisar aqui, mas eu trabalho com educação e artigos de papelaria e artesanato são utilizados.

*  Fiz um armário cápsula. Como eu tenho poucas roupas e saio muito só precisei guardar separado algumas peças de roupa e alguns acessórios para daqui a uns 6 meses rever.. é... eu não vou fazer isso daqui a 3 meses não, eu faço do jeito que eu quiser, e também são 50 peças, e não 33, porque eu saio muito pra trabalhar e  também para reuniões religiosas. Peguei as que eu uso sem parar e guardei, assim posso usar mais as outras peças e aprender a combiná-las melhor.

E agora?

Meu grande problema sempre foi esse. Eu simplifiquei minha vida, não gasto demais, nem saio demais, nem possuo muitas coisas a muito tempo. Eu também não trabalho demais. Não tenho o dia todo, mas me sobra mais tempo.  E aí? Quase sempre eu acabo usando mal esse tempo... que eu simplifiquei justamente para tê-lo e fazer coisas boas.
Eu procrastino lendo sobre procrastinação. Não é ridículo?
Pois bem... agora mesmo eu escrevi parte do meu TCC.  Pela manhã acordei com muita dor e não fui caminhar, então eu pulei corda um pouco mais tarde. Agora vim aqui escrever um pouquinho.
Nestes dias em casa eu vi amigos, matei saudades. Foi ótimo. Não viajei, mas vi meus amigos... foi muito melhor.
Joguei boliche pela primeira vez.
Mudei coisas na casa também.
Cozinhei com amor.

Então eu quero seguir nessa linha.  Usar o tempo que sobra para evolução espiritual, emocional, intelectual e física, hobbies ativos e criar.
Ah... e sair de casa.  E receber em casa.

Pra mim a vida com mais significado é isso.
Às vezes queremos fazer tantas coisas que não fazemos nada. Então escolha uma coisa por vez, e não pense nas demais. Depois escolha mais outra coisa. E de pouco em pouco você realizará muitas coisas.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

As pessoas são poemas

Eu não sabia ler poemas
Enclausurada na prosa
Estranha me era a poesia.

Eu não lia as pessoas
Não degustava seus versos
Não apreciava seu ritmo
E a melodia diferente que cada um possui

O tempo e as perdas ensinam
Mais do que se pode prever
Enquanto eu só fazia escrever
Não podia aprender a ler

Escrevia sobre sombras
Enquanto vários sóis brilhavam ao meu redor
E eu não via

As pessoas são poemas
E eu não sabia ler

Perdida dentro de mim
Eu não apreciei
A incrível realidade da vida
Cada um, uma poesia
Aguardando ser lida e escrita

Cada um, uma história
Um aprendizado
Uma essência
É tão lindo de ler

Meus olhos agora se abriram
As pessoas são poemas
Agora eu posso ler
O muito que me ensinam
Até a beleza do não dito
Eu aprendi a entender

Não sei versificar e musicar
Mas sei sentir e observar
E ver beleza em todo lugar

Já não quero me esconder
Após tanto fechar os olhos
Agora eu quero ver

As pessoas são poemas
Que eu tanto amo ler!

Priscila Ferreira Gomes
(euzinha mesmo)

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Vida simples e frugal quando se é pobre

Eu nunca fui consumista. Não tive que largar centenas de coisas para me tornar minimalista.
Nunca fui rica, nunca tive dinheiro sobrando.  Sempre economizei. Então a frugalidade sempre existiu na minha vida também.
Mas ser frugal é o mesmo que ser pobre? (Fique claro que quando digo pobre me refiro a possuir as necessidades básicas, não estou falando que quem está privado do básico, aí a situação é muito mais complicada.)
Quando você ganha pouco e escolhe ser frugal o que muda é sua atitude perante a vida. Como?

1- Você percebe que pouco é necessário para a vida, e percebe que você tem sim o necessário. Não precisa do melhor celular, milhares de roupas e sapatos, coisas caras, casa grande, carro do ano importado... talvez você nem mesmo precise de carro.

2- Você para de correr loucamente em busca de mais dinheiro, mais trabalho.  Assim valoriza seu tempo com sua família, amigos, em atividades engrandecedores, em experiências.

3- Você valoriza e cuida bem daquilo que possui.  Você começa a ter consciência de tudo que tem e usa tudo. Cuida bem para que essas coisas durem.  Evita o desperdício e usa sabiamente o dinheiro.

4-  Você não faz dívidas desnecessárias, muito menos com o objetivo de impressionar outros.

5-  Você aprende a fazer algumas coisas básicas e a cuidar de si.  Economiza tempo e dinheiro dessa forma.

6- Vê que a felicidade está em coisas simples.  A felicidade é o caminho, não o destino. Você aprecia os detalhes gostosos do dia.

7- Passa a entender que há ambições que não envolvem diretamente dinheiro.  Pensa em seu desenvolvimento pessoal, investe tempo em melhorar suas habilidades, ganhas novas, melhorar sua saúde, intelecto e espiritualidade.  Talvez ao adquirir novas habilidades você até consiga melhorar seu salário ou seu emprego.

8- Caso você tenha um certo dinheiro sobrando, você aprende a não jogar fora por nada.  Investe na futura liberdade financeira, ou em experiências mais dispendiosas ou ajuda outras pessoas.

Cada um escolhe a vida que quiser ter. Mas certamente optar por uma vida simples, focando em coisas que o dinheiro não compra te dará felicidade. Se você tem pouco te fará sentir satisfação.  Se você tem muito ainda assim poderá fazer com que você descubra um objetivo maior na vida.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Pequenos hábitos que causam grandes transformações


  • Desligar a TV
  • Desativar as notificações(TODAS)
  • Desconectar o wifi (cada dia um pouco mais)
  • Comer a mesa
  • Destralhar o que não te serve mais


Fiz mais uma mudança em relação a minha saúde. Uma pequena mudança que fez muita diferença. Retirei da minha vida uma coisa que me fazia mal sem eu saber.  Não sei se devo falar aqui, pois cada caso é um caso. Então só digo uma coisa, conheçam seus corpos. Prestem atenção nas mudanças dele, nos medicamentos que alteram seu funcionamento, no alimento que causa algum tipo de reação. Só prestem atenção.  No meu caso eu constatei por conta própria que os médicos estavam errados ou queriam me manter naquela situação.  Eu limpei meu organismo nos últimos meses e percebi que havia uma coisa agravando meu estado físico e me parece que até o emocional.

Esse mês de abril foi bem intenso pra mim. Foi um mês de avaliação e ação.
Eu minimalizei ainda mais minha vida. E sinto que quero reduzir ainda mais. Eu fiz uma bela faxina na casa, aquelas partes esquecidas, coisas que guardava em cima do guarda roupa, coisas escondidas nos armários.  Foram embora muitos DVDs que não uso e nem tem história nenhuma pra contar, foram-se sapatos, roupas e eletrônicos que estavam guardados sem uso a anos... e eu nem lembrava que existiam. Eu que já reduzi tanto e tenho uma casa pequena não sabia que ainda poderia haver um saco grande de lixo a ser retirado daqui. Foi uma grande surpresa.(Pena que não tive paciência de fotografar)  Acho que agora sim eu avaliei cada coisinha da casa.  Ainda tem coisas sob avaliação, se não usar esse mês vou doar.

Consertei algumas coisas. Troquei as cordas do violão e finalmente ontem toquei um pouco.  Eu quero que isso faça parte da minha vida. Também colei uma sandália e voltei a usar normalmente. E essa semana ainda quero costurar as roupas que deixei de usar apenas por pequenos ajustes que eu mesma sei fazer.

Refleti sobre o que eu tenho feito com meu tempo, com a minha vida. Pensei nas coisas mais importantes e nas coisas que me levam a inércia, no meu propósito de vida, nos talentos e meus desejos e naquilo que quero evoluir, mas perco tempo com séries, filmes e distrações e não faço minha vida valer.

É assustador ficar em silêncio e ouvir a si mesmo.  Quando eu fico em silêncio sem distrações lembranças ruins me surgem, uma saudade e um arrependimento... eu fico revivendo minha maior dor.  Mas eu sei que se eu não aprender a me ouvir, a me construir, eu não chegarei a lugar nenhum.  Eu consegui me distrair menos esse mês. Vivi um pouquinho mais. Foi bom.
Às vezes tenho a sensação que não estou vivendo. Como se eu estivesse alheia a mim. Fora da minha própria vida a assistindo passar. Vivo momentos bons, mas depois que passa e eu penso é como se eu não tivesse vivido aquilo.  Pergunto-me se me falta atenção plena ao momento. Se a culpa é da minha mente sempre tão agitada no que se foi, em como estou, no que disse ou fiz de errado, no que eu queria ser... e aí...o momento passa e eu não o vivi como poderia.  Talvez seja isso.
O piloto automático não vai mais me levar. Eu não repetirei vez após vez as mesmas agressões a mim mesma.  Parar de me distrair tanto e focar mais na vida e no momento presente(no aqui com quem amo, com meus filhos de 4 patas, nos cheiros, sons, toques e sensações).

Acho lindo quando alguém consegue mudar drasticamente sua vida e eu sempre quis isso pra mim. Mas não é assim comigo... então... vamos lá com meus passinhos pequenos porque eles também me tiram do lugar.